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O emocional da seleção brasileira

Como brasileiro, é claro que não gostei de ver nossa seleção perder e ser eliminada da copa do mundo pela Holanda. Assisti ao jogo no telão de um hotel em São Paulo com um grupo de pastores. No primeiro tempo euforia, no segundo, silêncio e reclamação.

A grande lição desse jogo para mim foi que o brasileiro não tem boa saúde emocional. Quando está ganhando ele é bom, mas quando está perdendo ou enfrentando resistência, ele perde o rebolado. Os europeus nos ensinam a lutar até o fim, com a frieza que lhes é peculiar. A seleção nos mostrou hoje que quando pressionada, ela perde a competência. O pior exemplo veio do técnico, que, ainda no primeiro tempo já estava esmurrando as coisas ao seu redor. Dentro de campo todos viram a infantilidade emocional dos meninos do Dunga. Precisamos mais do que técnica, precisamos também de maturidade. Sem isso, nossa seleção estará sempre vulnerável diante das pressões.

Mas o pior é que essa imaturidade emocional também é vista dentro das igrejas. A irmandade fica animada enquanto tudo lhes é favorável, mas quando as dificuldades aparecem, pouca gente tem idoneidade para se conduzir como gente grande. Se você confronta alguém, é possível que já encontre um problema de relacionamento. A Bíblia diz que o fruto do Espírito Santo em nós é o domínio próprio (Gl 5.22-23). E mais: “Melhor é o longânimo do que o herói de guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade” (Pv 16.32).

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