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Decido ser confidente

“Quem muito fala trai a confidência, mas quem merece confiança guarda o segredo” (Pv 11.13).

Todos nós temos experiências negativas de nossos relacionamentos do passado, e isso dificulta nossos relacionamentos no presente. Todos nós até certo ponto usamos máscaras para esconder nossos medos de sermos o que realmente somos. Procuramos passar uma impressão positiva de nós mesmos quando sabemos que a verdade é outra. Temos medo de rejeição, de termos nossas confidências violadas e nossas confissões manipuladas por pessoas inescrupulosas.

Ser confidente é ter uma virtude rara. Muitas pessoas não conseguem guardar confidências, o que gera cada vez mais desconfiança nos relacionamentos. A Bíblia diz: “Quem muito fala trai a confidência, mas quem merece confiança guarda o segredo” (Pv 11.13). Outra coisa que dificulta as confidências é que procuramos manipular as pessoas para que elas sejam como queremos. Não aceitamos as pessoas exatamente como elas são. Gosto de uma citação de Dietrich Bonhoeffer: “Deus não deseja que eu veja a outra pessoa de acordo com a imagem que parece boa para mim, isto é, com minha própria imagem; Deus criou esta pessoa à sua própria imagem”. Não posso ser confidente se não sou confiável, e para ser confiável preciso ser convincente do meu amor por aqueles que me confiam suas confidências. Quero ser confidente em não revelar o segredo de outra pessoa (Pv 25.9). Não devo alardear o que conheço de outros (Pv 12.23).

Nosso grande desafio é aprender a confidenciar nossas fraquezas. Isso é terapêutico. Quando confessamos nossos pecados a Deus, somos perdoados (1 Jo 1.9); mas quando confessamos nossos pecados uns aos outros, somos curados (Tg 5.16). Portanto, vamos começar a descongelar o lixo que temos mantido dentro de nós e vamos abrir o coração uns com os outros. Também aprendamos a guardar confidências. As pessoas precisam de pessoas confiáveis.

Ser confidente não me torna popular, mas me torna importante para quem em mim confia.

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