“Devolve-me a alegria da tua salvação...” (Sl 51.12).

A verdadeira felicidade consiste em receber o perdão de Deus. O pecado entristece, separa, seca, paralisa e mata. Mas o perdão alegra, reconcilia, revigora e dá vida. Portanto, aquele que tem suas culpas perdoadas e seus pecados apagados, é muito feliz. Quando Deus nos perdoa, ele nos considera sem nenhuma culpa (Sl 32.1-2). Não existe condenação para quem está em Cristo (Rm 8.1). Em Cristo há sempre lugar para recomeçar.

O pecado nos leva a ter um comportamento de insetos, ou seja, quando em pecados, somos inclinados a nos esconder e procurar os lugares escuros. É próprio da natureza do pecador esconder-se e até negar o pecado (Gn 3.10; 1 Jo 1.8). Essa atitude definha a vida com gemidos atormentadores. A comunhão com Deus é rompida e nos sentimos maus diante dele. A vida de quem nega seus pecados seca como terra do deserto. É um sofrimento permanente (Sl 32.3-4). O pecado não compensa.

O pecado só sai pela boca, isto é, pela confissão. Quando assim agimos, Deus perdoa todos os nossos pecados (1 Jo 1.9). Não devemos ser demorados em confessar, para ter restaurada a comunhão com Deus. O perdão alegra e nos fortalece diante das adversidades da vida (Sl 32.5-6).

O perdão que Deus nos dá em Cristo, deve ser estendido aos outros (Cl 3.13). Quem conhece a alegria do perdão, não pode negar a quem quer que seja essa feliz experiência. Perdão é permitir que o outro comece de novo, independentemente do que tenha acontecido. Sem perdão, nenhum relacionamento se mantém. Perdão é uma mente sem memória, uma espécie de amnésia do amor.

Precisamos perdoar para esquecer; nunca esquecer para perdoar. Quando perdoamos, assumimos a penalidade da culpa do outro. O perdão é uma virtude cristã. A pessoa que perdoa não procura compreender o erro do outro. Antes, procura ser compreensiva. O perdão deve ser imediato e contínuo, mesmo que isso aconteça várias vezes no dia.

Gosto de pensar em perdão, como sendo uma abelha sem ferrão.