Pastor também é ovelha
por
Antonio Francisco
- 1 de out. de 2007
Nesses últimos dias tenho me sentido mais como ovelha do que como pastor. Isso porque pastor também é ovelha. O ministério pastoral não me imuniza das necessidades inerentes ao ser humano, como, carinho, amizade, atenção, apoio, valor, segurança e coisas próprias das relações humanas. O pior em tudo isso é que me sinto só. Se morresse hoje, partiria com essa sensação de ter sido um homem solitário. É claro que não sou uma ilha, que não vivo isolado das pessoas. Tenho minha esposa, minhas filhas, os irmãos da igreja e outros relacionamentos. Mas falo de algo mais. Sei que tenho necessidades que somente Deus satisfaz. Mas sei também que tenho necessidades que somente outras pessoas podem satisfazê-las. É disso que falo. Estou cansado de relacionamentos rasos, aparentes e formais.
Reconheço que muitos pastores têm passado uma imagem diferente. Parecem estar sempre de bem com a vida, sempre sorridentes e com uma palavra positiva. O que não traduz plenamente a verdade. O pastor precisa se comportar como uma pessoa normal. Acredito que não é uma questão de fingimento ou de hipocrisia. É um paradigma estabelecido há muito por muitos e que tem produzido um efeito dominó. Mas isso pode e deve mudar. Eu já me decidi pela mudança. Sei que minha índole é mais voltada para a introspecção do que relacionamentos. Mas não posso culpar quem culpa tem de eu ser assim. Se é que alguém tem alguma parcela de culpa por isso. Devo assumir minha parte e reverter esse quadro que já me é insuportável. O pastor precisa descer do pedestal e ter coragem de ser uma pessoa vulnerável e acessível.
Por outro lado, cabe uma reflexão por parte das igrejas com respeito aos seus pastores. Há muita insensibilidade e indiferença para com aqueles que cuidam da vida dos crentes e que prestarão contas a Deus por isso (Hb 13.17). O pastor precisa ser considerado pelo trabalho que faz. Ele deve ser tido na mais alta estima, e ser tratado com amor (1 Ts 5.12-13). Poucos olham para o pastor na sua integralidade. Ele tem família, sua esposa precisa do apreço e cuidado da igreja, seus filhos são normais e não super-filhos pelo fato de serem filhos do pastor. O apoio material deve ser mantido ao pastor e sua família, pois, se semeamos coisas espirituais, seria demais colhermos da igreja coisas materiais? (1 Co 9.11). Mas, acima de tudo o pastor precisa mesmo é da compreensão, amor, apoio e amizade das ovelhas, pois ele também é ovelha.
Estou abrindo meu coração porque quero mudança nessa área tão preciosa de minha vida. Sei que muito pouco tem sido feito de minha parte. Mas não posso deixar de reconhecer que Deus tem feito mudanças consideráveis em minha cosmovisão de relacionamentos. Tenho necessidade de relacionamentos mais achegados, e gostaria de poder contar com pessoas da igreja que se aproximassem de mim para ouvirem meu coração. Pessoas com as quais eu pudesse contar para tudo; pessoas que se interessassem pelas minhas fraquezas, meus medos e meus pecados. Não as tenho e choro por causa disso. Sei que é minha missão cuidar das ovelhas. Mas quem cuidará de mim? Deus tem me dado amigo(s), mas tenho me frustrados com outros que são tão carentes ou mais necessitados do que eu mesmo.
O que fazer então? Acho que muito pode ser feito se ambas as partes se mobilizarem para isso. Os pastores devem ser mais humanos, amigáveis, informais, receptivos, e vulneráveis. Mas as ovelhas não podem ficar indiferentes, achando que devem apenas receber do pastor. Elas também precisam cuidar do pastor. Parafraseando a Bíblia, digo: “Aproximem-se do pastor e ele se aproximará de vocês!” (Tg 4.8).
Reconheço que muitos pastores têm passado uma imagem diferente. Parecem estar sempre de bem com a vida, sempre sorridentes e com uma palavra positiva. O que não traduz plenamente a verdade. O pastor precisa se comportar como uma pessoa normal. Acredito que não é uma questão de fingimento ou de hipocrisia. É um paradigma estabelecido há muito por muitos e que tem produzido um efeito dominó. Mas isso pode e deve mudar. Eu já me decidi pela mudança. Sei que minha índole é mais voltada para a introspecção do que relacionamentos. Mas não posso culpar quem culpa tem de eu ser assim. Se é que alguém tem alguma parcela de culpa por isso. Devo assumir minha parte e reverter esse quadro que já me é insuportável. O pastor precisa descer do pedestal e ter coragem de ser uma pessoa vulnerável e acessível.
Por outro lado, cabe uma reflexão por parte das igrejas com respeito aos seus pastores. Há muita insensibilidade e indiferença para com aqueles que cuidam da vida dos crentes e que prestarão contas a Deus por isso (Hb 13.17). O pastor precisa ser considerado pelo trabalho que faz. Ele deve ser tido na mais alta estima, e ser tratado com amor (1 Ts 5.12-13). Poucos olham para o pastor na sua integralidade. Ele tem família, sua esposa precisa do apreço e cuidado da igreja, seus filhos são normais e não super-filhos pelo fato de serem filhos do pastor. O apoio material deve ser mantido ao pastor e sua família, pois, se semeamos coisas espirituais, seria demais colhermos da igreja coisas materiais? (1 Co 9.11). Mas, acima de tudo o pastor precisa mesmo é da compreensão, amor, apoio e amizade das ovelhas, pois ele também é ovelha.
Estou abrindo meu coração porque quero mudança nessa área tão preciosa de minha vida. Sei que muito pouco tem sido feito de minha parte. Mas não posso deixar de reconhecer que Deus tem feito mudanças consideráveis em minha cosmovisão de relacionamentos. Tenho necessidade de relacionamentos mais achegados, e gostaria de poder contar com pessoas da igreja que se aproximassem de mim para ouvirem meu coração. Pessoas com as quais eu pudesse contar para tudo; pessoas que se interessassem pelas minhas fraquezas, meus medos e meus pecados. Não as tenho e choro por causa disso. Sei que é minha missão cuidar das ovelhas. Mas quem cuidará de mim? Deus tem me dado amigo(s), mas tenho me frustrados com outros que são tão carentes ou mais necessitados do que eu mesmo.
O que fazer então? Acho que muito pode ser feito se ambas as partes se mobilizarem para isso. Os pastores devem ser mais humanos, amigáveis, informais, receptivos, e vulneráveis. Mas as ovelhas não podem ficar indiferentes, achando que devem apenas receber do pastor. Elas também precisam cuidar do pastor. Parafraseando a Bíblia, digo: “Aproximem-se do pastor e ele se aproximará de vocês!” (Tg 4.8).
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