Seja fiel no casamento e honesto nas palavras
Mateus 5.31-37 - “31. Foi dito: Aquele que se divorciar de sua mulher deverá dar-lhe certidão de divórcio. 32. Mas eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério. 33. Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor. 34. Mas eu lhes digo: Não jurem de forma alguma: nem pelos céus, porque é o trono de Deus; 35. nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. 36. E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo. 37. Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno”.
Jesus havia dito que em determinadas circunstâncias um novo casamento de uma pessoa divorciada, ou com uma pessoa divorciada, é equivalente a adultério. Isso fala da importância da fidelidade matrimonial.
1. SEJA FIEL NO CASAMENTO (vs. 31-32). Uma outra passagem enriquece nosso entendimento sobre o que Jesus ensinou sobre o divórcio: “3. Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe: É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo? Ele respondeu: 4. Vocês não leram que, no princípio, o Criador os fez homem e mulher 5. e disse: Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne? 6. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe. 7. Perguntaram eles: Então, por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora? 8. Jesus respondeu: Moisés permitiu que vocês se divorciassem de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio. 9. Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério” (Mt 19.3-9).
A instituição do casamento é mais importante que os motivos para o divórcio. Jesus recusou-se a responder à pergunta dos fariseus sobre os motivos do divórcio e fez-lhes uma contra-pergunta (vs. 3-4), reportando-os para o livro de Gênesis nos capítulos 1 e 2 para lembrar-lhes da criação do homem e da mulher (Gn 1.27), e da instituição do casamento (Gn 2.24), mostrando assim que o casamento é exclusivo (“o homem… sua mulher”) e permanente (“se unirá” à sua mulher). “O que Deus uniu, ninguém separe”.
O divórcio veio como uma permissão, não um mandamento. Jesus mostrou que o divórcio veio como uma permissão de Deus por causa da dureza de corações das pessoas (Dt 24.1-4). Mas ao dizer isso chamou a atenção de todos para o princípio do mundo, quando foi instituído o casamento (Mt 19.8).
Com uma única exceção, Jesus considerou todo novo casamento depois do divórcio como adultério (Mt 5.32; 19.9). Considerando que Deus instituiu o casamento como uma união exclusiva e permanente, uma união que ele faz e que o homem não deve quebrar, Jesus chega a inevitável conclusão de que divorciar-se e casar-se com outro, ou casar-se com uma pessoa divorciada, é assumir um relacionamento proibido, adultério, pois a pessoa, que conseguiu um divórcio aos olhos da lei humana, ainda está casada, aos olhos de Deus, com o seu primeiro parceiro. A única exceção para isso é o adultério, neste caso, algum ato de imoralidade sexual física.
O divórcio é uma trágica deterioração. Vale aqui atentar para as palavras de Crisóstomo que ligou esse assunto com as bem-aventuranças. Ele disse: “Pois aquele que é manso, pacificador, humilde de espírito e misericordioso, como poderia divorciar-se de sua esposa? Aquele que está acostumado a reconciliar os outros, como poderia discordar daquela que é a sua própria carne?”.
2. SEJA HONESTO NAS PALAVRAS (vs. 33-37). A Bíblia alerta do perigo do juramento falso, ou seja, fazer um voto e, depois quebrá-lo. Para os fariseus, apenas aqueles fórmulas que incluíam o nome de Deus tornavam o voto obrigatório. Jesus reprovou tais ensinos com seus “ais” contra os fariseus (Mt 23.16-22).
Para Jesus, a fórmula do voto é irrelevante, pois toda espécie de voto faz referência ao nome de Deus de alguma forma. A questão é que todo voto é obrigatório, independentemente da fórmula utilizada. A implicação de tudo isso é que devemos cumprir as nossas promessas e ser pessoas de palavra. Dessa forma os votos se tornam desnecessários.
O que Jesus ensinou foi que as pessoas honestas não precisam recorrer a juramentos; não que elas devam recusar-se a prestar juramento, se tal coisa for exigida por alguma autoridade externa.
Assim como o divórcio é devido à dureza do coração humano, os juramentos se devem à falsidade humana. Ambos foram permitidos por lei; nenhum foi ordenado; nem seriam necessários (Dt 23.22).
Os cristãos deveriam dizer o que pretendem e pretender o que dizem. Nosso “sim” e “não” sem adornos deveria ser o suficiente. E quando um monossílabo é suficiente, por que perder tempo e fôlego acrescentando algo mais?
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