Neste final de semana minha esposa e eu participamos de um encontro de casais como nunca antes havíamos participado. Só não detalharei o que aconteceu lá porque foi pedido sigilo aos participantes, mas, a verdade é que foi uma bênção muito especial para nós experimentarmos o que recebemos ali.

O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios, dizendo: “Para vós outros, ó coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Não tendes limites em nós; mas estais limitados em vossos próprios afetos. Ora, como justa retribuição (falo-vos como a filhos), dilatai-vos também vós” (2Co 6.11-13). Vejamos.

Ainda ontem ouvi alguém dizer: “Vou parar de falar e vou apenas agir”. Mas o texto acima diz exatamente o contrário. Paulo disse: “Para vós outros [...], abrem-se os nossos lábios”. É importante falar, declarar-se, afirmar o outro. Em seu livro “As cinco linguagens do amor”, Gary Chapman fala de “palavras de afirmação” como uma dessas cinco linguagens. Essa, inclusive, é minha linguagem primária. Tenho recebido muitas críticas nos últimos meses que não me têm feito bem, mas por outro lado Deus tem me dado pessoas maravilhosas que têm me afirmado, o que me tem feito muito bem.

Mas não devemos nos limitar a falar, também devemos abrir nosso coração uns aos outros, ou seja, amar as pessoas conscientemente. O amor deve ser dado de forma ilimitada, foi o que disse Paulo: “não tendes limites em nós”. Experimentamos nesse retiro de casais exatamente isso, amor ilimitado.

Porém, ele disse algo que merece atenção: “... estais limitados em vossos próprios afetos”. Nada pode nos impedir de amarmos a quem quer que seja, mas a vivência desse amor precisa de reciprocidade, caso contrário ele não acontece de fato.

A palavra que me chama a atenção aqui é: “dilatai-vos”. Precisamos ampliar as dimensões do amor. Precisamos tocar, afagar, falar, dar, expressar, distribuir, sorrir, abraçar e muito mais. Tudo isso de forma liberal, gratuita e incondicional. O retiro de casais nos deu isso de uma forma linda.