Entre o começo e a conclusão
por
Antonio Francisco
- 18 de mar. de 2010
Algumas coisas nos acontecem de forma instantânea, enquanto outras se dão ao longo da caminhada. Deus abriu o mar vermelho de forma repentina, mas afastou os inimigos da terra prometida de forma gradual.
É assim que Deus faz. Algumas coisas ele faz repentinamente em nosso favor, outras acontecem num processo, enquanto outras nunca acontecem como desejamos. Devemos nos juntar ao apóstolo Paulo quando disse: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6). Algumas coisas já são, enquanto outras ainda não. Mas tudo caminha no propósito de Deus, pois sua vontade é o nosso aperfeiçoamento (2Co 19.9). Na verdade, em Cristo já estamos aperfeiçoados (Cl 2.10), mas vivemos o processo da salvação “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4.13). O alvo de Deus entre o começo de nossa vida cristã e a conclusão aqui na terra, é que nós sejamos conformes à imagem de seu Filho (Rm 8.29). Nesse processo “somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2Co 3.18).
É claro que nessa caminhada ao longo da vida não ficamos estáticos enquanto Deus age. A Bíblia diz que devemos desenvolver a nossa salvação com temor e tremor (Fp 2.12). Se por um lado somos aperfeiçoados (Cl 2.10), por outro, devemos aperfeiçoar a nossa santidade no temor de Deus (2Co 7.1). Vamos conviver com esse aparente paradoxo a vida toda até sermos glorificados (Rm 8.30). Ao mesmo tempo que Jesus nos aperfeiçoou, também estamos sendo santificados (Hb 10.14). Nesse hiato entre o que é, o que está sendo e o que será, é que devemos exercitar a fé que temos em Jesus. Ainda não obtemos a perfeição, por isso, devemos prosseguir para conquistar, mesmo que já tenhamos sido conquistados por Cristo Jesus. O que fazer então? Devemos esquecer das coisas que para trás ficam e avançar para as que diante de nós estão. Andemos conforme a perfeição que já obtemos, até que alcancemos a perfeita perfeição que ainda obteremos (Fp 3.12-16). É assim que é. É assim que está sendo. É assim que será.
Não compreender ou não aceitar essa realidade, tem levado muita gente boa a surtar na caminhada da vida. Deus nos conhece completamente e não tem nenhum problema com o processo da nossa salvação. Nós é que complicamos tudo. A Bíblia diz que o Senhor espera para ter misericórdia de nós, ele pára para se compadecer da gente. Quem espera por ele, esse é feliz (Is 30.18). É bem verdade que Deus é todo Santo e nele não existe pecado algum. Mas é verdade também que muitas vezes exigimos uma perfeição de nós mesmos que nem Deus exige. Alguns chegam a pensar que Deus fica chateado com eles porque não conseguem desempenhar a vida como acham que deveriam. Isso é um problema que criamos para nós mesmos, não Deus. A Bíblia diz: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22-23). Diante disso digamos: “A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele (Lm 3.24).
Há alguns anos uma passagem bíblica foi transformadora para mim. Um dia li: “Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? (Ec 7.16). Essas sábias palavras trouxeram mudanças consideráveis em minha vida. Compreendi que devo ser justo, mas não justiceiro; sábio, mas não sabichão. O perfeccionismo é destruidor. Não devo exigir de mim mesmo o que Deus não me pede. Devo amar a mim mesmo. Isso implica em ser bondoso e paciente com minhas imperfeições. Não posso esquecer que cresço entre o “já” e o “ainda não” da obra de Deus na minha vida. Ainda não sou o que devo ser, mas já não sou quem eu era. “Pela graça de Deus, sou o que sou” (1Co 15.10).
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É claro que nessa caminhada ao longo da vida não ficamos estáticos enquanto Deus age. A Bíblia diz que devemos desenvolver a nossa salvação com temor e tremor (Fp 2.12). Se por um lado somos aperfeiçoados (Cl 2.10), por outro, devemos aperfeiçoar a nossa santidade no temor de Deus (2Co 7.1). Vamos conviver com esse aparente paradoxo a vida toda até sermos glorificados (Rm 8.30). Ao mesmo tempo que Jesus nos aperfeiçoou, também estamos sendo santificados (Hb 10.14). Nesse hiato entre o que é, o que está sendo e o que será, é que devemos exercitar a fé que temos em Jesus. Ainda não obtemos a perfeição, por isso, devemos prosseguir para conquistar, mesmo que já tenhamos sido conquistados por Cristo Jesus. O que fazer então? Devemos esquecer das coisas que para trás ficam e avançar para as que diante de nós estão. Andemos conforme a perfeição que já obtemos, até que alcancemos a perfeita perfeição que ainda obteremos (Fp 3.12-16). É assim que é. É assim que está sendo. É assim que será.
Não compreender ou não aceitar essa realidade, tem levado muita gente boa a surtar na caminhada da vida. Deus nos conhece completamente e não tem nenhum problema com o processo da nossa salvação. Nós é que complicamos tudo. A Bíblia diz que o Senhor espera para ter misericórdia de nós, ele pára para se compadecer da gente. Quem espera por ele, esse é feliz (Is 30.18). É bem verdade que Deus é todo Santo e nele não existe pecado algum. Mas é verdade também que muitas vezes exigimos uma perfeição de nós mesmos que nem Deus exige. Alguns chegam a pensar que Deus fica chateado com eles porque não conseguem desempenhar a vida como acham que deveriam. Isso é um problema que criamos para nós mesmos, não Deus. A Bíblia diz: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22-23). Diante disso digamos: “A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele (Lm 3.24).
Há alguns anos uma passagem bíblica foi transformadora para mim. Um dia li: “Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? (Ec 7.16). Essas sábias palavras trouxeram mudanças consideráveis em minha vida. Compreendi que devo ser justo, mas não justiceiro; sábio, mas não sabichão. O perfeccionismo é destruidor. Não devo exigir de mim mesmo o que Deus não me pede. Devo amar a mim mesmo. Isso implica em ser bondoso e paciente com minhas imperfeições. Não posso esquecer que cresço entre o “já” e o “ainda não” da obra de Deus na minha vida. Ainda não sou o que devo ser, mas já não sou quem eu era. “Pela graça de Deus, sou o que sou” (1Co 15.10).
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