“Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos” (Zc 4.6).

O povo de Judá passou setenta anos exilado na Babilônia. Os inimigos haviam destruído o templo construído por Salomão e deixado a cidade de Jerusalém em ruínas. O povo retorna e tem o desafio de reconstruir tudo. O governador Zorobabel não tinha o poderio militar nem econômico de Salomão. Era difícil recomeçar, mas o grande monte de obstáculos que estava pela frente se tornou uma planície. O governador lançou o fundamento da obra e comemorou a conclusão da mesma diante da alegria de todo o povo. O que começou humilde e desprezível resultou em muita alegria pela graça de Deus (Zc 4.7-10).

Quem vive para Deus e serve na sua obra, não pode depender da força humana nem de quaisquer outros poderes. Deus reprovou o seu povo no tempo do profeta Isaías, dizendo: “Ai dos que descem ao Egito em busca de socorro e se estribam em cavalos; que confiam em carros, porque são muitos, e em cavaleiros, porque são mui fortes, mas não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao SENHOR!” (Is 31.1). O salmista disse: “Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus” (Sl 20.7).

O versículo acima diz que não é por força nem por poder, mas pelo Espírito Santo de Deus. Ele certamente é o segredo da nossa vitória. Deus tem disponibilizado sua sabedoria para nós. Aqueles que amam ao Senhor recebem dele o que nenhum ser humano pode produzir por si mesmo. Tudo o que Deus nos revela hoje vem através do Espírito Santo. Ele conhece minuciosamente todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus. Elas nos são oferecidas gratuitamente. Se soubermos delas nos beneficiar, podemos pensar como Cristo sobre todas as coisas (1Co 2.6-16).

Com a mente de Cristo, nos tornamos intermediários criativos entre Deus e as pessoas com as quais lidamos. Não é a força de nossa personalidade, mas a ação do Espírito Santo através de nós que faz a diferença. Se não nos deixarmos encher pelo Espírito Santo (Ef 5.18), o que falamos e fazemos chega às pessoas apenas como informação, idéias, métodos e cultura; nada de vida. Nossa dependência e comunhão com Deus devem ser de tal maneira que, quando falarmos Deus crie nas pessoas o que somente ele pode criar.

Vamos parar de focar a atenção em nós mesmos. O Espírito Santo veio para glorificar Jesus, não a nós (Jo 16.14). Façamos o melhor para Deus com o que somos e o que temos, mas não dependamos de nós mesmos. Por outro lado, não subestimemos o que somos e o que temos. Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós (Ef 3.20), e esse poder está em nós pelo Espírito Santo.