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O mal que habita em mim

A Bíblia diz: "Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue" (Hb 12.4). Fica claro que lutar contra o pecado é coisa séria e que devemos estar tão determinados quanto a isso que se preciso for derramemos nosso próprio sangue. "O mal que habita em mim" é o título de um livro que acabo de ler, de Kris Lundgaard, publicado pela Editora Cultura Cristã. É um livro sério que trata de um assunto cada vez menos popular - o pecado.

O pecado é como uma lei dentro de nós, sentida apenas por aqueles que já tiveram uma real experiência de novo nascimento, pois os demais são levados pelo pecado como um rio furioso. O crente nada contra a correnteza desse rio. Apesar desse inimigo interior, a graça de Deus nos possibilita prevalecer contra ele. A "carne", que a Bíblia chama de natureza pecaminosa, é um agressor caseiro implacável. Lundgaard diz: "Onde quer que você vá, o que quer que você faça, a lei do pecado está com você passo a passo - no que você fizer de melhor, no que você fizer de pior. Quantas vezes você pensa sobre o fato de que você carrega por aí, em você, um companheiro mortal?".

Para Jesus o coração é uma fonte de pecado: "Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias" (Mt 15.19). Mas quem é nascido de Deus não pode conviver em paz com o pecado: "Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus" (1Jo 3.9). Mas que ninguém se iluda, pois o pecado é como as velas de aniversário que voltam a acender: Você as assopra e ri, mas você se assusta quando elas brilham em chamas novamente. Essa luta não tem trégua, pois não há acordo entre Deus e a carne: "Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar" (Rm 8.6-7; Gl 5.17). Quando a graça de Deus nos transforma, ela não transforma a natureza da carne. Ela a enfraquece e a fere mortalmente, mas, a sua desafiante malignidade permanece latente em nossa carne. Paulo escreveu: "Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7.24).

Algumas pessoas querem aplacar os desejos da carne gratificando seus desejos. Isso é como apagar fogo com gasolina. O pecado nunca deixa a carne satisfeita. Ela sempre quer mais. Não devemos oferecer nada para a carne (Rm 13.14). A Bíblia diz: "Exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado" (Hb 3.13). Quando a carne nos engana, pecamos. Tudo o que o pecado nos fizer acreditar, acabará em morte. O pecado não gera vida, ele sempre nos conduz ao fracasso.

A meditação e a oração em particular são ferramentas poderosas contra o pecado. Precisamos fixar a mente firmemente nisso toda manhã. Caso contrário, vamos apertar o botão snooze e perderemos a batalha durante o dia. Se cochilar, fracassará. É preciso tempo para meditar e orar. E só faz isso quem abre mão de muitas coisas. Alguém pode perguntar, de que devo abrir mão? Exatamente das coisas que farão o maior estrago na carne. Se você quiser ter pensamentos santos, deve ser específico, ir além do dever, e sair da rotina. Para viver prevalecendo contra o pecado, devemos manter permanentemente a consciência da presença de Deus, pois, "o que você é quando está a sós com Deus, é o que você é - e nada mais". Leia ainda uma resenha do livro.

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