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Equilíbrio emocional

“Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se” (Pv 25.28).

Nessas Olimpíadas de Pequim, percebi algo comum entre nossos atletas, observado também pelos comentaristas: Algumas equipes brasileiras fizeram excelentes competições até chegarem na decisão.

Por que muitos brilham durante a competição, mas "amarelam" na decisão? Uma possível resposta é a falta de equilíbrio emocional. Existem técnica e competência superior aos adversários, mas falta a maturidade emocional em momentos decisivos, maturidade essa, tão comum entre os orientais, europeus, e norte-americanos. Esse é um ponto de crescimento entre os atletas brasileiros.

“Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade” (Pv 16.32). Noutro lugar lemos: “A sabedoria é melhor do que as armas de guerra” (Ec 9.18). Competência profissional e força, sem domínio próprio, desqualificam muitas pessoas nos esportes e nas relações interpessoais.

Quando um time começa uma competição ganhando e mantém a vantagem, é uma virtude, mas saber reagir, ganhar de virada e manter a vitória, requer muito mais dos atletas. Assim também é em nosso viver diário. Muitos de nossos problemas são gerados na incapacidade de controlar os desejos: “Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ter se consumado, gera a morte” (Tg 1.14-15).

Nos tempos antigos a segurança de uma cidade estava em seus muros. Uma pessoa que não tem equilíbrio emocional, é tão vulnerável quanto uma cidade desprotegida de seus muros (Pv 25.28). O domínio próprio é fruto do Espírito Santo (Gl 5.23). Essa é uma virtude que devemos buscar em Deus.

“Nenhum homem é verdadeiramente livre até que se domine” (Epíteto).

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