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Morrer não é o fim

“Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fp 1.21).

Já ouvi muitas vezes pessoas afirmarem que os suicidas não entrarão no céu. Eu acho que ninguém deve cometer suicídio. Ele não pode jamais ser visto como uma saída positiva. Mas, dizer que a Bíblia afirma que os suicidas não entrarão no Reino de Deus, é acrescentar o que as Escrituras Sagradas não dizem.

Ouvi de uma pessoa temente a Deus, com família e profissão definidas, e que cometeu suicídio. A empresa própria que ela administrava faliu, ela entrou em profunda depressão e certo dia foi encontrada morta por ter se matado. É lamentável que isso aconteça. Porém, dizer que uma pessoa assim não é de Deus, é falar precipitadamente. Pouca gente imagina o que cada um de nós é capaz de fazer em momentos difíceis na vida. É Melhor não julgar.

Jó muitas vezes desejou a morte. Ele preferia a morte que aquela vida de sofrimento. Ele tinha uma visão muito limitada da morte. Para Jó a morte era vista como muita gente fala dela hoje – o fim (Jó 3). A sepultura era sua esperança. Ali tudo cessaria, era o que Jó parecia pensar (Jó 17.1, 15-16). A morte era vista como água que evapora e seca. Ele a esperava como um sono eterno (Jó 14.11-12). Eliú o aconselhou a não querer morrer de repente (Jó 36.20). O próprio Deus disse a Jó que a morte não era simpática (Jó 38.17). Mas, não se pode negar que Jó teve lampejos da ressurreição e da vida eterna (Jó 14.14; 19.26-27).

A morte não é simplesmente a solução para o sofrimento. Mas ela é o nosso último inimigo a ser destruído. Ela tem um ferrão que é o pecado. “Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.26, 55-57). “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?” (Jo 11.25-26).

A morte é o fim do sofrimento terreno e o início do sofrimento eterno. Mas Jesus é a vida eterna.

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