Paginas

Lamentação não combina com o cristão

“Eliú [...] indignou-se muito contra Jó, porque este se justificava a si mesmo diante de Deus” (Jó 32.2).

Você já sentiu raiva de Deus? Já o acusou por algo não sair como você queria? É difícil admitir isso, mas certamente temos essa prática com freqüência.

Toda vez que reclamos da vida, estamos reclamando de Deus. Murmurar é o mesmo que acusar Deus por não fazer o que deveria ter feito ao nosso modo. Quando reclamamos, estamos duvidando da soberania e sabedoria de Deus, pois a Bíblia diz: “Façam tudo sem queixas nem discussões” (Fp 2.14).

Jó lamentou veementemente com amargura suas queixas contra Deus. Quase metade das queixas na Bíblia saiu da boca de Jó. Ele disse que não se calaria; que na aflição do seu espírito desabafaria, na amargura da sua alma faria as suas queixas (Jó 7.11). Ele queria mesmo dar vazão às suas queixas (Jó 10.1). Mas Jó não sabia o que falava (Jó 38.2).

Queixar-se é muito sério, é uma maneira de mostrar incredulidade. É portanto um pecado lamentar-se, porque atingimos diretamente a Deus. Jó se queixava com amargura porque Deus estava pesando sua mão sobre ele (Jó 23.2). Ele tinha esperança de morrer em casa em ditosa velhice (Jó 29.18), mas não queria passar por aquele processo do sofrimento.

Todos gostam de pensar no céu e nas promessas que Deus nos faz de vivermos num lugar de perfeição, mas detestamos encarar o processo do aprimoramento. Esquecemos facilmente que depois de recitar “o Senhor é o meu pastor; de nada terei falta”, devemos também poder dizer “mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem” (Sl 23.1, 4). Viver sem lamentações e queixumes é acreditar que todos os nossos dias estão determinados na agenda de Deus (Sl 139.16). Ele controla tudo, sabe tudo, e tem sempre o melhor para nós (Rm 12.1-2).

Quando temos certeza da chegada, não devemos lamentar na caminhada.

Deixe o seu comentário