“Ninguém pode olhar para o fulgor do sol nos céus, depois que o vento os clareia. Do norte vem luz dourada; Deus vem em temível majestade” (Jó 37.21-22).

Jó queria muito conversar com Deus. Ele não imaginava que Deus estava prestes a falar com ele, depois de tanto provocá-lo (Jó 9.32-35).

Eliú pede paciência a Jó porque ele quer falar sobre Deus. Seu conhecimento de Deus vinha de longe. Ele disse que Deus é poderoso, mas não despreza os homens. Ele garante os direitos dos aflitos. Ele disse que aqueles que obedecem e servem a Deus, serão prósperos e contentes por toda a vida. Disse ainda que Deus livra aos que sofrem; em sua aflição ele lhes fala. Ele profetiza que no futuro Jó terá dias melhores. Que ele tivesse cuidado para não tentar sair daquela situação por si mesmo, e não se voltasse para o mal por se encontrar em aflição. Jó não podia esquecer que Deus está acima de qualquer suspeita (Jó 36.1-23).

Jó precisava lembrar-se de exaltar a grandeza de Deus. Ele não pode ser julgado pelos homens. Deus faz chover e mostra seus relâmpagos que iluminam até as profundezas do mar. A fartura que nutre as nações vem dele. Quando Deus troveja e faz relampear todos temem (Jó 36.24-37.4).

Eliú estava chamando a atenção de Jó para reconhecer que Deus faz coisas grandiosas, acima do nosso entendimento. Ele paralisa todos os homens que são atraídos por seus feitos; e os animais tratam de buscar abrigo diante dele. Todas as criaturas silenciam diante das tempestades, dos ventos, do frio, da geada, e das muitas chuvas, que trazem bênçãos, mas também castigam (Jó 37.5-13).

Deus tem perfeito conhecimento, mas Jó não sabia explicar os fenômenos da natureza. Esse conhecimento pertence apenas a Deus. Se Jó tinha dificuldade com o calor em sua roupa, como poderia entender a dimensão dos céus!? Se ele não podia olhar para o sol, como olhar para Deus? Eliú estava preparando Jó para a chegada de Deus em temível majestade (Jó 37.14-24).

Quando Deus parece esconder-se, é porque ele vai se revelar com mais intensidade.