“Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está cheia da sua glória” (Is 6.3).

Lembrei-me de uma frase do Presidente Lula no seu discurso de posse para o segundo mandato: “Tudo é muito parecido, mas tudo é profundamente diferente”. A maneira como olhamos a vida pende para o “muito parecido” ou para o “profundamente diferente”. Na música “Como uma onda”, Lulu Santos diz: “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará…”. É verdade, a vida é uma constante novidade.

Não sejamos como o pessimista de Eclesiastes que não via nada de novo diante dele: “O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol” (Ec 1.9). Prefiro ter olhos de anjos que vêem a terra cheia da glória de Deus: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está cheia da sua glória” (Is 6.3). Todo lugar onde pisamos pode ser terra santa, mesmo que seja um deserto: “...o lugar em que você está é terra santa” (Êx 3.5). Deus se manifesta onde menos esperamos. Jacó viajava, e ao dormir ao relento na beira da estrada, teve um sonho e disse: “Sem dúvida o Senhor está neste lugar, mas eu não sabia!” (Gn 28.16). Se sua noite está escura, você pode olhar para uma poça de lama ou para o céu estrelado. Veja a vida com novos olhos.

Jesus disse que os olhos são a lâmpada do corpo: “Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são! (Mt 6.22-23). Tudo depende do modo como vemos as coisas.

Podemos ver beleza ou fealdade, cinza ou brilho, coisas boas ou más. É tudo uma questão de condição interior. É verdade que não temos como ignorar a miséria, mas podemos no mínimo mostrar misericórdia. Cada um ver o mundo conforme sua realidade.

Que tal começar hoje mesmo a olhar tudo ao seu redor de uma maneira nova!