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A Síndrome do Desempenho

“Mas o que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo” (Fp 3.7).

Infelizmente muitos cristãos estão morrendo de cristianismo doentio, devido a armadilha do desempenho (tirania das obrigações). Disso vem ansiedade, baixa auto-estima, depressão e zelo legalista. Pessoas assim sofrem da incômoda sensação de que precisam fazer cada vez mais, porque nunca fazem o bastante. Isso é uma maldição escravizante, que desemboca numa espécie de síndrome do desempenho. Confessamos que vivemos pela fé, mas acreditamos que nosso valor e aceitação diante de Deus e dos homens, dependem de nosso desempenho.

Existem níveis diferentes na prática do desempenho. Existem os que ficam com um pé atrás em relação à graça de Deus por acharem que é muito boa para ser verdade. Existem os que começaram vivendo pela graça, mas depois misturaram a lei (desempenho) com a graça (dom). Mas existem também os perfeccionistas que estão plenamente convencidos de que nada do que fazem será suficientemente bom para agradar a Deus, os outros e a si mesmos.

Existem também os compulsivos patológicos que lutam contra o hábito negativo de lavar excessivamente as mãos, acham que cometeram o pecado imperdoável, têm medo de serem contaminados por germes, e os que querem andar sempre certinhos, ao ponto de voltarem do caminho para o trabalho, para se certificarem se fecharam mesmo o tubo de creme dental.

Pessoas que apresentam algum grau desses sintomas mencionados, magoam facilmente as pessoas e encontram-se espiritual e emocionalmente esgotadas em seus relacionamentos.

Os que sofrem da síndrome do desempenho, ainda não conseguiram receber e vivenciar a graça incondicional de Deus. Por isso mesmo, não conseguem oferecer graça aos outros. Mas a graça de Deus é poderosa para nos curar.

Quando a nossa fé apenas é usada para nos capacitar a não fazer as coisas erradas, estamos muito perto de perder o rumo.

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