“Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra” (Is 1.19).

O apetite é um desejo maravilhoso, a vontade de comer pode ser uma recreação deleitosa. É natural querer comer, é anormal não sentir fome. Muitos querem comer de tudo indiscriminadamente, outros tantos não querem comer de nada, nem mesmo participar do mais fino dos banquetes.

Jesus contou uma parábola dizendo que “o Reino dos céus é como um rei que preparou um banquete de casamento para seu filho” (Mt 21.2). Quando tudo já estava preparado, ele enviou seus servos aos que tinham sido convidados para o banquete para que viessem porque tudo já estava pronto. Mas eles não quiseram vir. O dono da festa repetiu o convite detalhando o cardápio, mas os convidados continuaram indiferentes, pois estavam mais interessados nos seus negócios. O rei ficou irado e puniu tamanho desprezo. Em seguida o rei mandou encher a sua casa de todos os que fossem encontrados nas esquinas. A casa ficou cheia de gente boa e gente má (Mt 22.1-14).

Essa parábola de Jesus reflete bem o que se vive hoje em nossa sociedade. Deus tem disponibilizado um farto banquete espiritual para todos. Jesus disse: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30). Deus nos tem convidado para um banquete, mas ficamos discutindo se é errado comer sem lavar as mãos. Enquanto isso, aqueles que parecem menos indicados para a festa, estão dispostos a comer mesmo que sejam migalhas da mesa dos filhos (Mc 7.1-30).

Por que continuar mendigando na vida espiritual, entupidos de afazeres voltados para os interesses pessoais, mas sendo pobre para com Deus? (Lc 12.13-21).

Alguns estão se banqueteando com as migalhas de Deus, enquanto muitos estão digerindo a comida amarga de seus próprios frutos.