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Dentro da igreja, fora do céu

“Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7.21).

À luz dos Evangelhos, não é tão fácil saber quem é quem dentro da igreja. A parábola do Joio ilustra bem isso (Mt 13.24-30). Entre os doze apóstolos que Jesus escolheu, Judas Iscariotes parecia ser o mais qualificado. Os demais tinham falhas de caráter e conduta facilmente detectáveis, mas Judas se mostrava um homem de grande potencial. Ele parecia ser o mais capacitado, se comunicava bem, tinha uma mente aguçada, era motivado, ambicioso e responsável. Porém, foi o único que se perdeu (Jo 17.12). Ele fazia parte de um projeto bíblico, mas foi para o inferno.

A experiência de Judas dá o que pensar. Se ele fez parte do grupo mais seleto de Jesus, o que pensar de muitas pessoas dentro das igrejas que parecem não conhecer o que significa “novo nascimento?”. Judas foi tesoureiro do grupo apostólico e teve grande influência no meio em que viveu.

Será que as igrejas estão cheias de “Judas”? Pessoas ativas em seus ministérios, fiéis freqüentadores de cultos, dizimistas “fiéis”, e tantas outras coisas que parecem ser a garantiam da idoneidade cristã, mas que na verdade não passam de religiosos simpatizantes do evangelho e fãs de Jesus! Será que o campo missionário não está ocupado por alguns Judas que cumprem bem suas funções, mas que não são súditos do Reino de Deus? Será que muitos que expulsam demônios por aqui, terão que ser expulsos dos arredores do céu? (Mt 7.21-23; 10.1-4). Muitos membros de igrejas não têm seus nomes no livro da vida do Cordeiro. Esse é um tempo para examinar a nós mesmos (2 Co 13.5). Nicodemos como um mestre da lei poderia muito bem assumir hoje os estudos bíblicos do meio de semana. O problema é que ele não era regenerado (Jo 3.1-3). Quem não gostaria de ter o jovem rico em sua membresia? Além de bom cidadão, ele poderia ter um surto de ofertar uma boa quantia para a igreja. É pra pensar.

As igrejas estão cheias de pessoas vazias que nunca conhecerão o céu.

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