A vida de uma equipe é como o casamento, o berço ou a sepultura da felicidade ministerial na igreja. Uma equipe saudável se alegra em andar junta, uma equipe não saudável se desgasta em atividades para compensar a falta de intimidade.

Nas palavras de David Kornfield, uma equipe é “um grupo definido, comprometido, capacitado e coordenado para obter os mesmos alvos”. Existem oito características que podem fazer uma equipe ter alto rendimento:

1. Orientação e unção divinas. A equipe deve receber de Deus o que fazer (Jo 5.19-20). É preciso ouvir a Deus para se conduzir como uma equipe bem-sucedida. O líder tem uma unção especial no que faz e a equipe o apóia. A consagração pessoal de cada membro da equipe é indispensável para que Deus aja nela e através dela. Uma equipe ungida depende e ouve a Deus, é consagrada, vive em amor, recebe sabedoria do alto e usa os dons espirituais. Os membros da equipe devem ter um caráter cristão desenvolvido (1 Tm 3.1-13).

2. Propósito comum. A equipe deve escrever o seu propósito, apontando estratégias e objetivos mensuráveis em comum acordo e compromisso. A equipe deve ter uma visão clara e avaliá-la periodicamente. O propósito da equipe deve ser claro e relevante. Deve ser escrito de forma realista e motivador, chamando todos os membros para um alto compromisso e um sentido de urgência no que fazer. Sem concordância não há relevância.

3. Papéis claros. Para realizar a visão, precisamos das pessoas certas nos lugares certos, nas ocasiões certas. Pessoas que tenham habilidades, dons e perfis que se ajustem ao propósito da equipe. É necessário que cada membro sinta que tem um papel importante. A sinergia interdependente fará na equipe o que ninguém faria sozinho para alcançar o alvo. Portanto, os papéis devem ser claros e complementados com os papéis dos demais membros. Devem ser compatíveis e de comum acordo com quem faz o que faz.

4. Liderança clara e facilitadora. Uma equipe eficiente deve ter uma liderança clara, formal e forte. Isso proporciona segurança e mantém as prioridades. Essa liderança também deve ser interdependente e incentivadora do papel e participação de cada membro da equipe. Por sua vez, os membros sabem como apoiar seu líder e fazer dele um sucesso. A liderança deve ser flexível e humilde. Deve discernir sua tarefa e fazer isso com interdependência.

5. Administração eficiente. Uma equipe eficiente deve se encontrar regularmente para cuidar de si mesma, apresentar relatórios, tomar decisões, planejar e avaliar para melhorar sempre. Ao mesmo tempo a equipe bem-sucedida não perde tempo com reuniões desnecessárias. A equipe de excelência é bem definida, obtêm os resultados almejados, é objetiva e se avalia periodicamente para sempre poder melhorar.

6. Treinamento formativo. O sucesso ministerial de uma equipe passa pela reciclagem e o treinamento de cada membro. É preciso criar uma cultura de treinamentos, onde todos sejam ensináveis e abertos à correção, num processo contínuo de avaliação e melhoria (Ec 4.13). Eventos específicos de capacitação devem ser realizados. A equipe deve multiplicar-se no treinamento de outras pessoas.

7. Relacionamentos sólidos. A amizade na equipe facilita seu desempenho através da valorização e apoio mútuo. A equipe deve ser capaz de suportar golpes de mal-entendidos, conflitos e “dias ruins”. Conflitos numa equipe são como fricções numa máquina. Relacionamentos bons são como lubrificantes que ajudam a máquina a funcionar bem. A amizade deve ser muito valorizada numa equipe. Isso pode ser facilitado com a gratidão, compreensão, prestação de contas, confiança, crescimento contínuo, interdependência e respeito.

8. Comunicação excelente. Deve haver liberdade de expressão na equipe, para que as pessoas sejam honestas e transparentes no que pensam e no que são. Para isso é preciso um ambiente de amor e aceitação. A boa comunicação é necessária na coordenação da equipe, na indicação de papéis, no retorno das atividades, no esclarecimento dos detalhes e na solução de conflitos. A equipe deve conversar muito sobre os assuntos importantes até chegar a um consenso.

Adaptado do livro: Equipes de Ministério que Mudam o Mundo, de David Kornfield - Editora Sepal.