O Fundamento do Cristão
por
Antonio Francisco
- 26 de ago. de 2007
Como o Pregador por Excelência, Jesus conclui o Sermão do Monte com uma aplicação prática e penetrante. Ele mostra que assim como existem falsos profetas, também existem falsos pregadores e falsos ouvintes. Jesus mostra seu repúdio à fé meramente verbal (Mt 7.21-23) e ao conhecimento meramente intelectual (Mt 7.24-27). Ele mostra que nosso destino eterno depende de uma obediência total.
1. O perigo de uma fé apenas verbal (vs. 21-23). Para sermos salvos é indispensável confessarmos Jesus com nossos lábios (Rm 10.9-10). Mas, nosso destino eterno não se justifica apenas no que falamos hoje ou no último dia para Jesus, mas por fazermos o que dizemos em nossa confissão e confirmarmos na obediência moral.
“21. Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? 23. Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” (Mt 7.21-23).
A profissão de fé que Jesus descreve aqui parece ser respeitosa e ortodoxa; chamando-o de “Senhor”. Também é uma confissão fervorosa, pois diz: “Senhor, Senhor”. Além disso é uma confissão pública com profecias em nome de Jesus, com exorcismos e milagres. Esse é um sinal do final dos tempos (Mt 24.24; 2 Ts 2.9-10). Aparentemente não há o que contestar nessa confissão. O problema é que não passam de palavras sem comprovação. Jesus dirá que nunca conheceu os que usam seu nome mas não vivem o que confessam. A diferença está entre o “dizer” e o “fazer” (Lc 6.46). Quem confessa o nome do Senhor deve se afastar do mal (2 Tm 2.19).
2. O perigo de um conhecimento apenas intelectual (vs. 24-27). No parágrafo anterior o contraste estava entre o “dizer” e o “fazer”. Agora o contraste é entre o “ouvir” e o “fazer”.
“24. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. 25. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. 26. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. 27. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda” (Mt 7.24-27).
Jesus ilustra esse parágrafo com a parábola dos dois construtores. A diferença entre os dois eram os alicerces, que não podiam ser vistos. Só depois que uma tempestade desabou sobre as duas casas foi possível perceber quem construiu bem. Os dois edificadores são professos cristãos e não são distinguidos facilmente porque os alicerces estão ocultos. Apenas uma tempestade revelará a verdade. Se isso não acontecer em nossos dias, a tempestade do dia do juízo final certamente o fará. A grande lição é: não importa o que falamos, e sim o que fazemos. Palavras bonitas e ortodoxas, nem sempre confirmam uma vida que agrada a Deus (1 Jo 1.6; 2.4; Tg 1.22-25; 2.14-20). Ler a Bíblia e orar deve significar praticar o que se conhece. Caso contrário, estamos nos enganando.
Quem é esse pregador? Ao ouvir Jesus, todos se impressionavam com sua autoridade. Ele não titubeava, não se justificava, mas também não era extravagante. Com sua maneira calma e firme de ensinar, ele deixava todos atônitos.
“28. Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, 29. porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei” (Mt 7.28-29).
Não tem como desvincular o Jesus do Sermão do Monte, com o Jesus do restante do Novo Testamento. Então, precisamos considerá-lo à luz de toda a Bíblia. Onde Jesus se firmava? De onde vinha sua autoridade?
a. A autoridade de Jesus como Mestre. O conteúdo, a qualidade e a maneira de expor seus ensinamentos eram admiráveis. Ele assumiu ensinar a verdade absoluta. Ele extrapolava os padrões judeus de ensino. Ele sabia o que falava (Jo 3.11). Suas palavras eram as palavras de Deus (Jo 7.16). Falava em seu próprio nome com a mesma autoridade do Pai (Jo 14.8-11). Legislava, não apenas interpretava a lei.
b. A autoridade de Jesus como o Cristo. Jesus sabia que viera ao mundo com uma missão (Mt 5.17; 9.13; 10.34; 11.3, 19; 20.28). Com isso ele estava dizendo ser o cumprimento da lei e das profecias. Ele sabia que os dias de expectativa tinham acabado e ele veio para introduzir o período do cumprimento de todo o Antigo Testamento (Mc 1.15; Mt 4.17). Jesus sabia ser o Cristo, o Messias prometido.
c. A autoridade de Jesus como Senhor. Nem todos que se dirigiram a Jesus como Senhor, reconheciam a sua divindade, mas ele é o “Senhor” de Davi à direta de Deus (Mc 12.35-37). Jesus nunca aceitou que lhe chamem de “Senhor” sem o devido reconhecimento. Ele não era apenas um “senhor” a ser respeitado, mas o “Senhor” a ser adorado e obedecido.
d. A autoridade de Jesus como Salvador. Jesus apresentou-se como a porta e o caminho da salvação. Aqueles que o seguiam eram considerados por ele como sal da terra e luz do mundo e cidadãos do Reino de Deus. Como luz do mundo, quem lhe segue não andará em trevas (Jo 8.12). Ele tem autoridade para perdoar pecados, e como um médico tem poder para curar (Mt 9.2-6, 12).
e. A autoridade de Jesus como Juiz. Jesus enfatizou bem o dia do juízo vindouro. Ele queria que seus discípulos jamais esquecessem disso. Por isso, ele deixou claro o que é salvação e perdição. Ele mesmo se declarou o Juiz (Mt 7.22-23). O que pior pode acontecer a alguém é ficar eternamente separada de Cristo. A base do julgamento será a atitude das pessoas em relação a ele.
f. A autoridade de Jesus como Filho de Deus. Mesmo que Jesus tenha usado a expressão “o Pai de vocês, que está nos céus” (Mt 7.11), e tenha dito “meu Pai” (Mt 7.21) em relação a Deus, ele nunca se incluiu entre os discípulos para falar de Deus como o “nosso Pai”, pois sabia que Deus era seu Pai em um sentido totalmente diferente, único. A expressão “meu Pai” era bem distinta (Mt 11.27).
g. A autoridade de Jesus como Deus. Jesus se considerava igual a Deus, um só com Deus (Jo 10.30). Jesus esperava que seus discípulos sofressem por ele como os profetas do Antigo Testamento sofreram por Deus (Mt 5.11-12); para alguém entrar no Reino dos céus deve obedecer-lhe como Senhor e fazer a vontade do Pai (Mt 7.21; Lc 6.46). Falando assim, ele estava se colocando no mesmo nível de Deus.
1. O perigo de uma fé apenas verbal (vs. 21-23). Para sermos salvos é indispensável confessarmos Jesus com nossos lábios (Rm 10.9-10). Mas, nosso destino eterno não se justifica apenas no que falamos hoje ou no último dia para Jesus, mas por fazermos o que dizemos em nossa confissão e confirmarmos na obediência moral.
“21. Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? 23. Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” (Mt 7.21-23).
A profissão de fé que Jesus descreve aqui parece ser respeitosa e ortodoxa; chamando-o de “Senhor”. Também é uma confissão fervorosa, pois diz: “Senhor, Senhor”. Além disso é uma confissão pública com profecias em nome de Jesus, com exorcismos e milagres. Esse é um sinal do final dos tempos (Mt 24.24; 2 Ts 2.9-10). Aparentemente não há o que contestar nessa confissão. O problema é que não passam de palavras sem comprovação. Jesus dirá que nunca conheceu os que usam seu nome mas não vivem o que confessam. A diferença está entre o “dizer” e o “fazer” (Lc 6.46). Quem confessa o nome do Senhor deve se afastar do mal (2 Tm 2.19).
2. O perigo de um conhecimento apenas intelectual (vs. 24-27). No parágrafo anterior o contraste estava entre o “dizer” e o “fazer”. Agora o contraste é entre o “ouvir” e o “fazer”.
“24. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. 25. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. 26. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. 27. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda” (Mt 7.24-27).
Jesus ilustra esse parágrafo com a parábola dos dois construtores. A diferença entre os dois eram os alicerces, que não podiam ser vistos. Só depois que uma tempestade desabou sobre as duas casas foi possível perceber quem construiu bem. Os dois edificadores são professos cristãos e não são distinguidos facilmente porque os alicerces estão ocultos. Apenas uma tempestade revelará a verdade. Se isso não acontecer em nossos dias, a tempestade do dia do juízo final certamente o fará. A grande lição é: não importa o que falamos, e sim o que fazemos. Palavras bonitas e ortodoxas, nem sempre confirmam uma vida que agrada a Deus (1 Jo 1.6; 2.4; Tg 1.22-25; 2.14-20). Ler a Bíblia e orar deve significar praticar o que se conhece. Caso contrário, estamos nos enganando.
Quem é esse pregador? Ao ouvir Jesus, todos se impressionavam com sua autoridade. Ele não titubeava, não se justificava, mas também não era extravagante. Com sua maneira calma e firme de ensinar, ele deixava todos atônitos.
“28. Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, 29. porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei” (Mt 7.28-29).
Não tem como desvincular o Jesus do Sermão do Monte, com o Jesus do restante do Novo Testamento. Então, precisamos considerá-lo à luz de toda a Bíblia. Onde Jesus se firmava? De onde vinha sua autoridade?
a. A autoridade de Jesus como Mestre. O conteúdo, a qualidade e a maneira de expor seus ensinamentos eram admiráveis. Ele assumiu ensinar a verdade absoluta. Ele extrapolava os padrões judeus de ensino. Ele sabia o que falava (Jo 3.11). Suas palavras eram as palavras de Deus (Jo 7.16). Falava em seu próprio nome com a mesma autoridade do Pai (Jo 14.8-11). Legislava, não apenas interpretava a lei.
b. A autoridade de Jesus como o Cristo. Jesus sabia que viera ao mundo com uma missão (Mt 5.17; 9.13; 10.34; 11.3, 19; 20.28). Com isso ele estava dizendo ser o cumprimento da lei e das profecias. Ele sabia que os dias de expectativa tinham acabado e ele veio para introduzir o período do cumprimento de todo o Antigo Testamento (Mc 1.15; Mt 4.17). Jesus sabia ser o Cristo, o Messias prometido.
c. A autoridade de Jesus como Senhor. Nem todos que se dirigiram a Jesus como Senhor, reconheciam a sua divindade, mas ele é o “Senhor” de Davi à direta de Deus (Mc 12.35-37). Jesus nunca aceitou que lhe chamem de “Senhor” sem o devido reconhecimento. Ele não era apenas um “senhor” a ser respeitado, mas o “Senhor” a ser adorado e obedecido.
d. A autoridade de Jesus como Salvador. Jesus apresentou-se como a porta e o caminho da salvação. Aqueles que o seguiam eram considerados por ele como sal da terra e luz do mundo e cidadãos do Reino de Deus. Como luz do mundo, quem lhe segue não andará em trevas (Jo 8.12). Ele tem autoridade para perdoar pecados, e como um médico tem poder para curar (Mt 9.2-6, 12).
e. A autoridade de Jesus como Juiz. Jesus enfatizou bem o dia do juízo vindouro. Ele queria que seus discípulos jamais esquecessem disso. Por isso, ele deixou claro o que é salvação e perdição. Ele mesmo se declarou o Juiz (Mt 7.22-23). O que pior pode acontecer a alguém é ficar eternamente separada de Cristo. A base do julgamento será a atitude das pessoas em relação a ele.
f. A autoridade de Jesus como Filho de Deus. Mesmo que Jesus tenha usado a expressão “o Pai de vocês, que está nos céus” (Mt 7.11), e tenha dito “meu Pai” (Mt 7.21) em relação a Deus, ele nunca se incluiu entre os discípulos para falar de Deus como o “nosso Pai”, pois sabia que Deus era seu Pai em um sentido totalmente diferente, único. A expressão “meu Pai” era bem distinta (Mt 11.27).
g. A autoridade de Jesus como Deus. Jesus se considerava igual a Deus, um só com Deus (Jo 10.30). Jesus esperava que seus discípulos sofressem por ele como os profetas do Antigo Testamento sofreram por Deus (Mt 5.11-12); para alguém entrar no Reino dos céus deve obedecer-lhe como Senhor e fazer a vontade do Pai (Mt 7.21; Lc 6.46). Falando assim, ele estava se colocando no mesmo nível de Deus.
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