… A ABELHA FAZENDO O MEL VALE O TEMPO QUE NÃO VOOU… Sempre gostei muito dessa frase, ela pertence a uma música de Beto Guedes e Ronaldo Bastos que se chama “Amor de Índio”. Essa música tem outras frases interessantes que falam da simplicidade de como o índio enxerga a vida e o amor.

Mas essa frase especialmente me faz refletir sobre algumas coisas, entre as quais as “frustrações da vida”. Quantas vezes pensamentos e sentimentos de vazio e inutilidade passam por nossos corações e cabeças porque não estamos realizando algo que muito desejamos em nossa vida secular. Não estamos “naquele” emprego que gostaríamos, não estamos fazendo “aquele” curso, não estamos comprando ou construindo “aquela” casa, não realizamos “aquela” viajem e outras coisas mais.

Esses sentimentos e pensamentos nos deixam muitas vezes cabisbaixos, tristes, frustrados e depressivos e acabamos por esse motivo magoando pessoas que estão a nossa volta e nos amam. Agimos como se essas pessoas, muitas vezes cônjuges, filhos, pais fossem estorvos em nossas vidas. Pensamos: “quando eu conseguir realizar tal coisa, aí então eu serei feliz” e não valorizamos e aproveitamos o momento presente e os presentes e alegrias que Deus nos dá a cada dia como o sorriso e o carinho de nossos filhos, vê-los crescendo e aprendendo coisas novas todos os dias e nós sendo seus principais professores e mestres; o amor de nosso cônjuge demonstrado em pequenas atitudes, os momentos proporcionados para estarmos juntos; o cuidado de nossos pais para conosco e a graça de tê-los perto de nós; a amizade de pessoas que Deus colocou em nossos caminhos, poder apreciar a beleza da criação do nosso Deus, a saúde, o saborear do alimento, a boa música, a boa leitura, atc, etc, atc.

Deixamos de viver a graça e a glória de Deus dispensadas a nós e caminhamos caminhos tortuosos e cheios de pedras e de tropeços sendo que estes poderiam ser retos e aplainados.

Crer que nada acontece em nossas vidas se o Senhor não perrmitir é crer em sua soberania. Saber que tudo o que vem em nossas mãos para realizar é porque o Senhor assim o quer e o fazermos dando o melhor de nós, com alegria, é cumprir os propósitos de nosso Senhor e Rei.

Quando cumprimos esses propósitos podemos ter a certeza de que o vôo que achamos que deveríamos estar dando e que nos traria grande prazer e satisfação não se compara a doçura e a utilidade do mel que estamos produzindo realizando a aquilo que Deus colocou em nossas mãos.

Para a abelha, o momento de produzir o mel não é tão agradável, pois esse processo traz um pouco de dor. Para o nosso homem carnal, muitas vezes, cumprir os desígnios de Deus não é prazeroso, porém nos trará, sem dúvida alguma, grande satisfação ao nosso homem espiritual.

Não estou fazendo apologia ao comodismo, até porque acho que devemos desejar sempre o melhor e lutarmos por isso, no entanto, após entregarmos nossas vidas ao Senhor Jesus, os nossos desejos devem estar de acordo com a vontade D’ele e sendo assim, a nossa luta não será “nossa” mas daquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos (Ef 3:20).

CONTINUE ORANDO POR NÓS!

Patricia Cunha Professora da Sala de Integração - Líder das Mulheres - cepaz@terra.com.br