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Socorro! Onde estão os pais?

Em seu livro “Guerreiro Gentil”, Stu Weber cita o Dr. James Dobson que disse: “Nossa sobrevivência como povo dependerá da presença ou ausência de liderança masculina em milhões de lares”. Vivemos uma crise de paternidade sem precedente na história, acredito.

No seu excelente livro “A Criança Voluntariosa”, o Dr. James Dobson cita o Dr. Benjamim Spock que disse em 1974 o seguinte: “A inabilidade de ser firme, no meu pensar, é o problema mais comum dos pais de hoje”. Concordo. Precisamos como nunca antes de pais nos lares.

Em seu livro “Ouse Disciplinar” o Dr. James Dobson diz: “Se for desejável que as crianças sejam bondosas, reconhecidas e agradáveis, essas qualidades devem ser ensinadas; não esperemos que surjam espontaneamente. Se quisermos que nossos filhos manifestem honestidade, veracidade, altruísmo, então esses característicos devem constituir os objetos conscientes de nosso processo instrutivo desde cedo. Se julgamos importante produzir cidadãos respeitosos, responsáveis, então devemos começar a moldá-los de acordo. O ponto em questão é óbvio: a hereditariedade não equipa uma criança com as atitudes adequadas; as crianças aprenderão o que lhes for ensinado. Não podemos esperar que apareçam atitudes e comportamento desejáveis se não fizemos cedo o trabalho que competia ao lar”.

Você lembra o que aconteceu no dia 22 de novembro de 1963 nos Estados Unidos? O assassinato do Presidente John Kennedy. Mas você sabe quem foi Lee Harvey Oswald? Quando muito, alguns sabem que ele foi o criminoso. Mas quem conhece o histórico daquele homem? Aproveito para descrever um pouco quem foi Lee Harvey. Ele era filho de uma mãe dominadora que achava difícil amar alguém. Ela casou-se três vezes e o seu segundo marido divorciou-se dela por apanhar tanto da mesma. O pai de Lee foi seu terceiro marido, que morreu de um ataque cardíaco alguns meses antes do nascimento do menino. Por causa disso a mãe dele teve que trabalhar fora. Aquele menino foi criado sozinho, sem afeto e sem amor. Outros meninos não gostavam dele, foi abandonado desde cedo. Era feio, mal-educado, pobre e detestável. Era um brigão na adolescência e desistiu de estudar no terceiro ano do ginásio, mesmo tendo um QI alto. Foi expulso da Marinha com uma dispensa desonrosa. Com pouco mais de vinte anos estava ficando calvo, não tinha amigos, era pequeno, magro e voz esganiçada. Não tinha nada. Teve um casamento difícil, a esposa zombava dele e o rejeitou, foi pai de dois filhos criados sem nada de bom. Certo dia levou uma arma para o emprego que acabara de arranjar, em um depósito de livros. E de uma janela do terceiro andar daquele prédio, logo depois do almoço, no dia 22 de novembro de 1963, atirou duas balas que esfacelaram a cabeça do Presidente John Fitzgerald Kennedy.

Você deve conhecer uma história de Ernest Hemingway citada por Philip Yancey em seu livro “Maravilhosa Graça”, de um pai espanhol que decidiu reconciliar-se com seu filho que havia fugido para Madri. Cheio de remorso, o pai publica este anúncio no jornal El Liberal: “Paco, encontre-se comigo no Hotel Montana terça-feira ao meio-dia. Está tudo perdoado, Papá”. Paco é um nome comum na Espanha. E quando pai vai ao local combinado, encontra oitocentos jovens chamados Paco à espera de seus pais.

No dia dos pais, a palavra de ordem é “comemoração”. Certamente há lugar para comemorar, porém, muito mais para lamentar, refletir, ponderar e avaliar. Como bem disseram Marguerite e Willard Beecher, no livro Parents on the Run: “O lar centralizado no adulto do passado fazia dos pais senhores e das crianças, escravos. O lar de hoje centralizado na criança tem feito dos pais escravos e das crianças, senhores”.

Há quase três mil anos Isaías já profetizava que crianças haveriam de governar a nação e que meninos se atreveriam contra o ancião (Is 3.4-5). Será que isso se cumprirá também em nossa geração? Onde estão os pais? Homens que sejam mais que másculos, sejam também protetores, sacerdotes, carinhosos, confiáveis, exemplos para os filhos.

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