Literalmente, “homem de uma mulher só”. Isso nada tem a ver com casamento ou divórcio. O ponto não é o estado civil do líder, mas a sua pureza sexual e moral. Esta qualificação é uma das mais polêmicas desde os primórdios da igreja (1Tm 3.2; Tt 1.6).

Cinco interpretações têm sido sugeridas para essa qualidade - "esposo de uma só mulher": (1) Fiel à sua única esposa; (2) casado com uma esposa de cada vez, isto é, monógamo; (3) casado só uma vez, isto é, não recasado depois de um divórcio ou a morte da esposa; (4) nunca divorciado e (5) necessariamente casado.

A natureza genérica das instruções faz com que o primeiro ou o segundo pontos de vista sejam os mais prováveis. Poligamia tanto entre os judeus como entre os gentios era extremamente comum; infidelidade no casamento era quase que um hábito pagão. Paulo insiste em fidelidade ao laço matrimonial. O termo descreve um homem “que não pode ser acusado no campo da promiscuidade e permissividade sexual”. O líder não deve ser culpado de nenhuma infidelidade ou irregularidade em seu casamento. Sua vida moral deve estar acima de qualquer suspeita. Isso certamente é verdade, por mais variadas interpretações que a passagem possa trazer.

A interpretação mais provável é que um homem casado uma única vez e fiel à sua esposa é o que passa no teste. Porém, talvez não seja tão simples assim. Porque não basta ser casado e fiel externamente, mas ele precisa ser um homem que só tem uma mulher diante de seus olhos e diante do seu coração: a sua esposa. Ele não pode ser acusado no campo da promiscuidade e permissividade sexual; não pode ser um paquerador, um flertador, alguém que está sempre em uma atitude de "conquistador" em relação a outras mulheres. Pode-se estender este raciocínio e excluir homens que, por exemplo, lutam com a pornografia em suas vidas. Há outras mulheres chamando a atenção deles e, por isso, eles não podem ser considerados, de fato, “homens de uma mulher só”. O coração deles está dividido sexualmente e há espaço para outras mulheres na sua sexualidade, mesmo que seja só visualmente (Jó 3.1; Mt 5.27-28).

Portanto, pode-se dizer que o presbítero deve ser um homem maduro na sua sexualidade e no seu compromisso e fidelidade à sua esposa. Isso poupa a igreja de grandes riscos. “Esta qualificação encabeça a lista porque é nessa área que líderes são mais inclinados a falhar”. O casamento do líder é belo e exemplar, adequado modelo do Evangelho (Ef 5.25-32). Viúvos, solteiros e divorciados são exceções e precisam ser analisados caso a caso, inclusive no aspecto da pureza sexual e moral. Na grande maioria das vezes, o presbítero (líder) é um homem casado e marido exemplar.

Alguns Cuidados Importantes

1. Tenha um bom relacionamento sexual com seu cônjuge (1Co 7.1-5).
2. Não se exponha às tentações sexuais (1Co 6.18; 2Tm 2.22).
3. Fortaleça-se através do estudo regular da Palavra de Deus e da oração (Fp 4.8).
4. Fuja da ociosidade (2Sm 11).
5. Procure ajuda de pessoas de confiança (pessoas do mesmo sexo (Tg 5.16).