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O que é um bom sermão?

Quando é que um sermão é bom? A hermenêutica e a homilética são a resposta para isso? Ou nada disso importa muito? O que vale mesmo é um bom preparo espiritual com muito tempo de oração?

Domingo passado achei que não preguei bem. Preparei a mensagem, fiz um esboço razoável que me agradou, mas depois que preguei achei que não ficou tão claro como eu gostaria. O pior de tudo foi meu estado de espírito. Não estava me sentindo muito bem “espiritualmente”. Não passei a semana muito bem e me senti tentado e acusado durante o culto antes de pregar. Foi uma daquelas noites que desejei nem pregar ou falar pouco no sermão. Tivemos uma boa frequência e no final me senti mais aliviado que inspirado e usado por Deus.

Mas, grande foi minha surpresa no dia seguinte ao ouvir alguns comentários sobre a mensagem. Uma líder me fez um elogio muito motivador, outro, que nem veio ao culto comentou que achou que o sermão foi muito bom, porque seus familiares chegaram em casa falando com muito otimismo. Enfim, só ouvi palavras positivas.

Não é fácil saber o que é um bom sermão aos olhos de Deus. Quando acho que preguei bem, pode ser que Deus não concorde comigo. Por outro lado, quando acho que preguei um péssimo sermão, Deus pode ter se agradado em usá-lo para os seus propósitos. Acho que a palavra do profeta Samuel na casa de Jessé em relação a Davi também vale para sermões: “O Senhor não vê como vê o homem” (1Sm 16.7).

2 Comentários

Jorge Oliveira disse...

É isso amigo António.
Já Spurgeon tinha experimentado isso (http://otdx.blogspot.com/2010/02/o-pior-sermao-de-spurgeon.html) e eu também.

Um abraço.

Antonio Francisco disse...

Obrigado Jorge por sua visita e comentário.