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Distorções no ensino

A conhecida "teologia da prosperidade" ensina que todo sofrimento que o cristão venha a passar, é por falta de fé. Dizem os pregadores da "prosperidade" que o cristão deve ter plena saúde física, emocional e espiritual, sem falar na prosperidade material. Pobreza e doença na vida de um cristão, demonstram que ele está em pecado, é o que eles dizem. Esse ramo da "teologia" não é muito favorável que o cristão consulte médicos e tome remédios. Dizem ainda que Jesus foi milionário, e que por isso também podemos ser ricos.

Esse movimento tem causado muitos estragos dentro das igrejas. E, de forma surpreendente, as igrejas tradicionais são as mais vulneráveis nessa correnteza que tem afogado muitas igrejas. Apresso-me a dizer que esse movimento também tem o que ensinar, como, orar com fé, ter uma mente positiva e demonstrar confiança nas promessas de Deus. Mas, o que quero expor aqui, são os erros da "teologia da prosperidade" contra verdades bíblicas, contra a Soberania de Deus, a pessoa de Jesus Cristo, e distorções quanto a natureza humana. Quero me ajustar ao que Paulo disse a Timóteo: "Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido. Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na piedade" (1Tm 4.6-7).

A teologia da prosperidade tem suas origens numa heresia que vem do primeiro século da era cristã, chamada gnosticismo. Esta palavra vem de gnosis, que significa "conhecimento". Essa heresia ensinava que existe um conhecimento especial para os iluminados por Deus. Defendiam o dualismo, isto é, que o espírito e o corpo são separados e opostos. Para eles a carne é má, pois o pecado habita apenas no corpo. Além disso diziam que se pode fazer tudo o que a carne quiser, dando vazão aos prazeres da carne. Mas, o espírito é bom. Desse modo, uma pessoa poderia ser depravada fisicamente e ao mesmo tempo ser pura espiritualmente. Esse falso ensino continua em nossos dias através de seitas gnósticas. Mas, o pior de tudo é que esses ensinamentos estão se infiltrando nas chamadas igrejas evangélicas, pervertendo a fé de muitos.

A Bíblia diz que Jesus concedeu pastores e mestres para as igrejas, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até à medida da estatura da plenitude de Cristo, para deixarmos de ser como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro (Ef 4.11-14).

A igreja precisa de homens regenerados, cheios do Espírito Santo, que não mercadejam a palavra de Deus; pelo contrário, falam na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus (2Co 2.17).

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