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Resposta à Profecia da Adriana

Querido Caio,

Penso em lhe escrever várias vezes. Não o faço porque a essência da motivação para isso é dizer: OBRIGADO.

Acho que li seu artigo " PROFECIA DA ADRIANA: EM 10 ANOS VEREI VOCÊ COMO SEU PAI: PACIFICADO!… ", alguns instantes depois de postado, pois um acesso ao site pouco antes não tinha sido ainda visto.

Como suas palavras me fizeram bem. Aliás, o que você diz e escreve tem sido um lenitivo para mim.

Essa é a segunda vez que lhe escrevo. Não vou dizer que lhe conheço desde 82 nas Campanhas Evangelísticas em Anápolis e outras coisas, pois não interessa. Digo isso só para expressar o quanto você tem feito diferença em minha vida e ministério.

Estou terminando um período de três meses de licença das atividades da igreja (sou pastor). Estava entediado com "o ministério". Na verdade, por estranho que pareça, estou voltando sem muita motivação.

Sei que a igreja não é perfeita e jamais será aqui, mas estou cansado com o jeito de ser igreja.

Faço parte de uma denominação centenária que você conhece. Minha questão não é doutrinária, mas pragmática. A simplicidade da vida cristã há muito foi perdida na estrutura e na vivência da igreja.

Não sei se me suportarão na volta...

Seu artigo sobre as palavras da Adriana foi para mim.

"O caminho da graça para todos" é o que também acho que deve ser igreja. Estou esperando pelo correio "Um só caminho"; estou lendo "Enigma da Graça" e "Sem Barganhas com Deus".

Gosto muito do papo de graça.

Agora, terei menos tempo para lhe ver, mas, continuarei fazendo isso.

A telinha da VEM&VÊ TV está em meu blog: Achologia

Alguns colegas pastores de outras denominações na cidade lhe ignoram, mas eu lhe amo meu irmão. Sou grato a Deus por sua vida e ministério. Sou muito grato a Deus por fazer parte de sua geração. Isso porque me converti ao Evangelho um ano depois de você.

Um beijão mano amado,

Antonio Francisco
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Resposta:

Meu mano amado: Graça e Paz!

Há desânimos que precisam ser combatidos, mas há outros que precisam ser respeitados...

Quando meu desanimo é com relação ao Evangelho e ao que no Evangelho seja proposta de vida, devo combater tal desanimo.

No entanto, quando o desanimo resulta de falta de convicção para fazer e viver aquilo que se sabe que não seja proposta do Evangelho, então, em tal caso, é melhor respeitar a alma e o sentir da verdade do espírito, pois, o preço que se paga pela fuga da verdade relatada pela alma como abuso ou cansaço, caso não seja respeitada, nos faz enfraquecer no todo da vida, na alegria sem a qual não se vive e não se serve a Deus e ao próximo; pois, sem amor convicto e feliz, nada aproveita; e a alma nunca cessa de expor suas razões como dor, ressentimento, amargura, inquietação, falta de paz, perda da alegria...

Nessa sua volta há duas coisas implicadas:

1. Se você vai agüentar voltar sem que seu coração tenha chegado junto...;

2. Se eles vão aceitar você voltando sem entrar de cabeça...;

Ainda há a alternativa de você voltar, pregar o Evangelho do reino, ver mudanças, alegrar-se, e, assim, continuar...

Ninguém sabe de nada!...

No fim, creia, você está vivendo o momento mais importante de sua vida, e que talvez mude o curso de sua existência para sempre.

Entretanto, se suas convicções e anelos são os de viver desde já a experiência de “Um Só Caminho”, do “Caminho da Graça Para Todos”, do “Sem Barganhas com Deus” e do “Enigma da Graça”, então, pode ter no “Caminho da Graça” um cantinho de amor para você, onde tudo o que se quer ouvir e viver é apenas o Evangelho, apesar das nossas muitas imperfeições.

Mais:...

O problema da Igreja não foi nunca sua imperfeição, pois ela é um estabelecimento divino; porém, realizado pela condição caída do homem.

Não! Não são as imperfeições da Igreja que geram a “igreja”.

As imperfeições da Igreja são humanas e carregam o germe da Graça, até nas fraquezas...

A Igreja nunca escandaliza em razão de sua imperfeição, mas sim quando se torna “igreja”, e, portanto, aprende a arte da dissimulação, da falta de humildade, da falta de confissão de erro e equivoco...

Escandaliza pela sua indisposição de aprender com a verdade, e, sobretudo, pela sua hipocrisia...

Ora, tais coisas não são imperfeições, mas maldades e iniqüidades!...

Veja, portanto, o que seu coração pede; pois, um homem de sua idade e experiência, não tem mais tempo a esperar e a perder...

Na vida o importante não é como se começa, mas como se acaba a jornada!

No fim o que valerá será se o combate foi bom, se a carreira genuína [não a imposta] foi completa, e se a fé foi guardada intacta e alegre.

Receba meu amor e meu carinho!

Obrigado pelo bem que me fez ao escrever.

Nele, que nos chama para o que vale, e nunca para o que não vale,

Caio
Lago Norte
Brasília
DF

Clique aqui para ver o artigo no site do Caio.

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