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Preocupado por quê?

Rick Warren

Dois homens de negócios conversavam sobre incertezas do clima econômico atual. Um deles, João, disse: “Estou prestes a perder meu emprego e nossa casa está hipotecada, mas não me preocupo com isso.” Seu amigo Roberto, perguntou: “Como você pode não estar preocupado com isso?” João respondeu: “Eu contratei um ‘preocupado profissional’. Ele é quem se preocupa no meu lugar. É por isso que eu não preciso me preocupar!” “Quanto você paga pelo serviço?”, indagou Roberto. Resposta de João: “US$ 50 mil por ano.” Roberto engasgou: “Tudo isso? E onde você vai arrumar tanto dinheiro para pagá-lo?” João: “Eu não sei. Preocupar-se é tarefa dele!”.

Preocupar-se é algo que aprendemos a fazer. Não existe o “preocupado de nascença”. Preocupação é uma resposta que damos às circunstâncias da vida. Aprendemos a nos preocupar a partir de duas fontes:

1. Através da experiência. Após anos de enganos, fracassos, esperanças e expectativas frustradas, aprendemos que as coisas nem sempre acabam do jeito que esperamos ou queremos. Através destas experiências adquirimos o hábito da preocupação.

2. Através de exemplos. Existem muitos exemplos à nossa volta. Estudos mostram que as crianças geralmente captam as preocupações dos pais. Pais ansiosos e medrosos criam crianças medrosas e ansiosas.

A boa notícia é que, uma vez que a preocupação é resposta aprendida, ela pode ser desaprendida! O ponto de partida para vencer a preocupação é ter consciência de uma verdade universal básica: ela (a preocupação) é inútil – não extraímos nenhum benefício da preocupação! Preocupação é “deixar-se cozinhar em fogo lento”.

Preocupação jamais mudou coisa alguma. Ela não pode mudar o passado, nem controlar o futuro. Somente faz que nos sintamos miseráveis hoje. Preocupação jamais resolveu um problema, nunca pagou uma fatura, nem curou uma enfermidade. Ela somente paralisa-nos, inibindo nossa habilidade de dar os passos necessários, impedindo-nos de remediar a situação. Preocupar-se é como o motor de um carro em ponto morto – não leva a lugar nenhum e só consome combustível. Provérbios 12.25 afirma: “O coração ansioso deprime o homem”.

Além de tudo, preocupação exagera o problema, jogando com a imaginação. Você já notou que quando nos preocupamos com um problema ele parece se tornar maior e mais difícil de resolver? A cada vez que você o repete em sua mente, tende a acrescentar-lhe detalhes e aumentar sua intensidade, ampliando a situação, de forma a que nos sentimos cada vez pior.

Qual a solução? Em lugar de preocupar-se, fale com Deus sobre o que está inquietando você. Ele é Alguém – talvez o Único – que pode fazer algo a respeito.

“Não se preocupe com coisa alguma. Antes, ore a respeito de todas as coisas; diga a Deus qual é a sua necessidade e não se esqueça de dar-Lhe graças por Suas respostas. Se assim o fizer, irá experimentar a paz de Deus, que é muito mais maravilhosa do que tudo o que a mente humana pode compreender” (Filipenses 4.6-7).

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