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No covil de leões

"Estou em meio a leões, ávidos para devorar" (Sl 57.4).

O leão pode ter três metros do nariz à ponta da cauda. Pode pesar 230 quilos. Pode agarrar e derrubar animais de grande porte, como zebras, búfalos e javalis. Seus quatro dentes caninos são enormes e pontudos e servem para prender a presa, matá-la e dilacerá-la. Numa só refeição, o animal pode comer 35 quilos de carne. Mesmo quando adestrado desde tenra idade e retirado de seu habitat, o leão nunca é completamente domado.

Antes da caça indiscriminada, os leões eram mais abundantes na Ásia. O leão asiático, o que vale dizer, o leão bíblico, tinha a fama de ser o mais perigoso. Mais de cem passagens do Antigo Testamento mencionam a figura do leão. Os heróis bíblicos Sansão (Jz 14.5), Davi (1 Sm 17.34-37) e Benaia (2 Sm 23.20) mataram leões. Daniel foi lançado na cova dos leões por ordem do rei Dario, mas sobreviveu (Dn 6.16-23). Dois outros personagens, porém, foram dilacerados por leões (1 Rs 13.24; 20.36).

A situação mencionada pelo salmista é realmente perigosa: “Estou em meio a leões, ávidos para devorar; seus dentes são lanças e flechas, suas línguas são espadas afiadas” (Sl 57.4). Mas, naturalmente, ele não está se referindo aos leões das selvas nem dos circos. Certamente o salmista está chamando de leões os inimigos da fé, os inimigos da ética, os inimigos da esperança. O Diabo, por exemplo, anda ao redor de nós como leão, “rugindo e procurando a quem possa devorar” (1 Pe 5.8).

Todos nós vivemos em meio a “leões” ávidos para devorar. Os heróis da fé são aqueles que fecham a boca dos leões (Hb 11.33), graças ao poder e à soberania daquele que é “o Leão da tribo de Judá”, o Senhor Jesus Cristo (Ap 5.5)!

FONTE: Ultimato.

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