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Formadora de ninguém

“Você tem fama de estar vivo, mas está morto” (Ap 3.1).

Sou membro da igreja há quase trinta anos, e esses têm sido os melhores anos de toda a minha vida, até porque a maior parte deles tem sido como cristão. Sou sustentado pela igreja e por isso também sou grato a Deus pela mesma. Sei que a igreja não é perfeita. Ela tem falhas e sempre terá, pois é formada de pecadores (remidos), mas ainda pecadores. Porém, não há lugar mais seguro e melhor para se viver do que na igreja, entre os irmãos na fé. É verdade também que a igreja às vezes parece a Arca de Noé, a gente só fica dentro dela porque tem que escapar do dilúvio destruidor lá fora.

O que quero dizer de fato é que, conquanto seja a igreja a noiva gloriosa de Cristo, o povo peculiar do Senhor Jesus Cristo, que viverá com ele para sempre; a igreja precisa de mudanças radicais e urgentes na sua vivência e forma de cultuar, e de modo mais específico na formação de seus membros. Temos a EBD - Escola Bíblica Dominical, por exemplo. Como alguém já disse, é a única escola que não forma ninguém. Você fica 20 anos estudando a Bíblia e no final é difícil achar um aluno que tenha coragem de falar baseado nesse livro estudado por quase toda a vida. Onde estamos errando?

Alguma coisa precisa ser feita. Rapidamente posso mencionar áreas que devem ser consideradas: o evangelismo pessoal é uma delas. Quase ninguém evangeliza. É raro encontrar um crente (pra não dizer pastor) que pratique o evangelismo pessoal. Até mesmo a participação nos cultos da igreja deve ser considerada, pois os cultos tomaram outros rumos. As pessoas na igreja se comportam mais como consumidores do que como membros contribuintes no crescimento do Corpo de Cristo. Poucos sabem sequer recepcionar um visitante. Chega! Onde vamos parar? Precisamos aprender a viver em comunidade para atrair os de fora.

A igreja não é perfeita, mas não pode perder sua singularidade de povo redimido pelo sangue de Jesus.

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