Suficiência das Escrituras
por
Antonio Francisco
- 11 de jul. de 2007
Será a Bíblia suficiente para conhecermos o que Deus quer que pensemos ou façamos? Será que temos que procurar outras palavras de Deus além daquelas que temos nas Escrituras, ou a Bíblia é suficiente?
A suficiência das Escrituras significa que a Bíblia contém todas as palavras divinas que Deus quis dar ao seu povo em cada estágio da história da redenção e que hoje contém todas as palavras de Deus que precisamos para a salvação e para vivermos plenamente a vida cristã (2 Tm 3.15-17; Sl 119.1).
A. A BÍBLIA É SUFICIENTE SOBRE TEMAS ESPECÍFICOS E TAMBÉM RESPONDE ÀS NOSSAS PERGUNTAS
Jamais obedeceremos nesta vida todas as palavras da Bíblia (Tg 3.2; 1 Jo 1.8-10), mas é na Bíblia que podemos concentrar nossa atenção sobre o que Deus quer de cada um nós. Como disse Edmund Clowney: “O grau de certeza que temos com respeito à vontade de Deus numa dada situação é diretamente proporcional ao grau de clareza que temos quanto a como a Palavra de Deus se aplica àquela situação”.
A Bíblia está acima da Igreja e dos escritos de todos os teólogos em todos os tempos. Nem por isso deixamos de ler e consultar os escritos históricos. Mas é na Bíblia que temos a palavra final sobre qualquer assunto e a resposta aceita para qualquer pergunta.
B. A BÍBLIA SEMPRE FOI SUFICIENTE EM CADA ESTÁGIO DA HISTÓRIA DA REDENÇÃO
Deus não exige que creiamos em outras palavras senão as que estão na Bíblia (Dt 29.29). Para cada época Deus revelou o que queria para o seu povo, até que se completasse o cânon sagrado. Dessa forma, podemos dizer que o padrão de Deus para o seu povo continua valendo para nós hoje (Dt 4.2; 12.32; Pv 30.5-6; Ap 22.18-19).
C. APLICAÇÕES PRÁTICAS DA SUFICIÊNCIA DAS ESCRITURAS
A doutrina da suficiência das Escrituras tem várias aplicações práticas na vida cristã. Vejamos algumas dessas aplicações:
1. A suficiência das Escrituras nos faz descobrir o que Deus quer nos revelar sobre alguma doutrina específica ou sobre o que ele quer que façamos numa dada situação.
2. A suficiência das Escrituras nos lembra que não devemos acrescentar nada à Bíblia nem equiparar algum outro escrito à Bíblia.
3. A suficiência das Escrituras também nos diz que Deus não exige que creiamos em nada sobre si mesmo ou sobre sua obra redentora que não se encontre na Bíblia.
4. A suficiência das Escrituras nos mostra que nenhuma revelação moderna de Deus deve ser equiparada à Bíblia no tocante à autoridade.
5. Com respeito à vida cristã, a suficiência das Escrituras nos lembra de que não existe pecado que não seja proibido pelas Escrituras, quer explícita quer implicitamente. Veja o Salmo 119.1.
6. A suficiência das Escrituras também nos diz que Deus nada exige de nós que não esteja determinado explícita ou implicitamente nas Escrituras. (Veja Sl 119.44, 45, 92, 99, 100, 165).
7. A suficiência das Escrituras nos lembra de que no nosso ensino doutrinário e ético devemos enfatizar o que a Bíblia enfatiza e nos contentar com aquilo que Deus nos disse nas Escrituras (Dt 29.29).
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