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A Autoridades das Escrituras Sagradas

Como sabemos que a Bíblia é a Palavra de Deus? Os principais ensinos da Bíblia a seu próprio respeito podem ser classificados em quatro características: (1) a autoridade das Escrituras; (2) a clareza das Escrituras; (3) a necessidade das Escrituras; e (4) a suficiência das Escrituras.

A maioria dos cristãos concorda que a Bíblia tem autoridade sobre nós. Mas em que sentido a Bíblia é nossa autoridade? E como nos convencemos de que as afirmações bíblicas são verdadeiras?

A autoridade das Escrituras significa que todas as palavras nas Escrituras são palavras de Deus, de modo que não crer em alguma palavra da Bíblia ou desobedecer a ela é não crer em Deus ou desobedecer a ele.

A. TODAS AS PALAVRAS NAS ESCRITURAS SÃO PALAVRAS DE DEUS

1. Isso é o que a Bíblia afirma a seu próprio respeito. Mesmo escrita por homens, as palavras das Escrituras são palavras de Deus. A expressão: “Assim diz o Senhor”, que aparece centenas de vezes no Antigo Testamento na boca dos profetas, reivindica a autoridade absoluta das Escrituras. Quando alguém falava dessa forma, é porque suas palavras vinham de Deus, senão seria tido como um falso profeta (Jr 1.9; 14.14; 23.16-22; 29.31-32; Ez 13.1-16).

O Novo Testamento reconhece todos os escritos do Antigo Testamento como Palavra de Deus, bem como o próprio Novo Testamento (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.19-21; 1 Tm 5.18; Lc 10.7; 2 Pe 3.16). Jesus também se referiu ao Antigo Testamento como palavras que procedem da boca de Deus (Mt 4.4). O apóstolo Paulo tinha plena consciência que escrevia a Palavras de Deus (1 Co 14.37).

2. A Bíblia nos convence à medida que a lemos. Não basta saber que a Bíblia se declara Palavra de Deus. É necessário que cada um de nós tenha convicção disso pelo mover do Espírito Santo (1 Co 2.13-14; Jo 10.27). A convicção de que a Bíblia é a Palavra de Deus acontece à medida que a lemos e não à parte disso (Rm 10.17).

3. As palavras das Escrituras são autocorroborantes. Elas não precisam da aprovação de alguma autoridade superior. Nesse caso a Bíblia não seria nossa autoridade mais alta ou absoluta, e sim a autoridade a quem recorrêssemos. Deste modo, tal autoridade seria mais verdadeira e mais confiável que a própria Palavra de Deus.

4. A Bíblia não foi escrita como um ditado de Deus aos homens. Quando dizemos que todas as palavras da Bíblia são palavras de Deus, estamos falando sobre o resultado do processo que trouxe as Escrituras à existência. Há alguns exemplos de ditado (Ap 2.1, 8, 12). Mas muitos outros meios foram usados (Lc 1.1-3; Hb 1.1). O Espírito Santo falou coisas novas e fez lembrar o que Jesus havia dito (Jo 14.26).

B. NÃO CRER OU NÃO OBEDECER QUALQUER PALAVRA DAS ESCRITURAS É NÃO CRER E NÃO OBEDECER A DEUS

Jesus repreendeu os discípulos por não crerem nas Escrituras do Antigo Testamento (Lc 24.25). E devemos crer em toda a Bíblia (Jo 15.20). Deus se alegra com aquele que treme diante de sua palavra (Is 66.2).

C. A VERACIDADE DAS ESCRITURAS

1. Deus não pode mentir nem falar com falsidade. Se Deus não mente, então toda a sua palavra (a Bíblia) é verdadeira (Tt 1.2; Hb 6.18).

2. Todas as palavras da Bíblia são verdadeiras sem nenhum erro. Não são apenas algumas palavras da Bíblia que são verdadeiras, mas todas as palavras (Sl 12.6; Pv 30.5).

3. A Palavras de Deus (a Bíblia) é o padrão definitivo da verdade. A Bíblia não é apenas verdadeira, mas é a própria verdade (Jo 17.17). Qualquer alegação de veracidade, deve passar pelo crivo da Bíblia, pois ela é o padrão da verdade. O que não estiver de acordo com a Bíblia, não é verdade.

4. Algum fato novo poderia contradizer a Bíblia? Não. O Deus da Bíblia conhece o passado, o presente e o futuro. Tudo o que é verdadeiro Deus conhece desde a eternidade, e toda a verdade está em harmonia com a Bíblia.

D. AS ESCRITAS EM FORMA ESCRITA SÃO NOSSA AUTORIDADE FINAL

A forma final em que as Escrituras permanecem como autoridade é a forma escrita. Deus mandou colocar suas palavras escritas na arca da aliança. Deus mandou Moisés e os profetas escreverem suas palavras em um livro. Foi a Escritura em forma escrita que Paulo disse ser inspirada (2 Tm 3.16).

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