A corrida cristã
por
Antonio Francisco
- 21 de jan. de 2007
I - O QUE NOS IMPEDE DE CORRER?
Introdução: Como um atleta que se prepara adequadamente para obter um bom desempenho numa corrida, devemos nos livrar de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, para podermos correr com perseverança a corrida que Deus determinou para nós (Hb 12.1).
1. A falta de um treinamento rigoroso. Para obter uma coroa de flores, os atletas antigos enfrentavam um treinamento rigoroso. Mas a nossa coroa é eterna, o que justifica termos alvos espirituais e não viver a vida cristã sem metas como quem fica esmurrando o ar (1 Co 9.24-27). Nenhum gênio descartou a persistência. Thomas Edison apareceu com a lâmpada incandescente depois de mil e duzentas experiências. Não experimentaremos santidade sem suor. Devemos nos exercitar na piedade. Nosso exercício deve ser na piedade, porque o exercício físico tem pouco proveito, mas o exercício espiritual é válido para tudo nesta vida e produzirá vantagens para nós na eternidade (1 Tm 4.7-8). A palavra “exercício” vem de gumnos, que significa “despido”. Desse termo vem a palavra ginásio. Os atletas competiam sem roupa para não terem embaraços. Se queremos correr bem a corrida cristã, precisamos suar e nos despir de todo impedimento e nos exercitarmos rigorosamente nas disciplinas cristãs.
2. A distração com as coisas desta vida. Muitos começam bem a vida cristã, mas com o tempo são impedidos de avançar porque deixam de obedecer à verdade da Palavra de Deus (Gl 5.7). “Quem se entrega aos prazeres passará necessidade”. Muitos são sufocados pelas preocupações, pelas riquezas e pelos prazeres desta vida (Pv 21.17; Lc 8.14). O grande deus de nossa sociedade é o “entretenimento”. As pessoas vivem em função dos prazeres deste mundo. Mas, se alguém amar este mundo, não pode amar a Deus, e se torna inimigo de Deus (1 Jo 2.15; Tg 4.4). Ao lado da pista de nossa corrida estão duas distrações que muitas vezes nos atrapalham de desenvolvermos melhor a nossa corrida, a televisão e a internet. Se não nos disciplinarmos devidamente, desanimamos na vida cristã.
3. A cumplicidade com o que é mal. Devemos odiar o mal e amar o bem (Am 5.15). Mas será que é isso que tem acontecido com aqueles que dizem amar a Jesus? Certamente que não. Estamos usufruindo daquilo que é mal e por isso não conseguimos correr devidamente a boa corrida cristã. Devemos nos afastar de toda forma de mal (1 Ts 5.22). Mas ao invés disso, estamos argumentando em favor de coisas contrárias à Palavra de Deus em nome da pós-modernidade. Deus não muda, o seu fundamento permanece seladamente inabalável com a inscrição de que, todo aquele que confessa ser de Jesus, deve afastar-se do mal (2 Tm 2.19). Sejamos determinados em não nos deixarmos corromper por este mundo, pois Deus nos deu suas grandiosas e preciosas promessas, para que por meio delas sejamos unidos com ele e fujamos da corrupção que há no mundo (Tg 1.27; 1 Pe 1.4). Rompamos com tudo o que é mal, se queremos correr bem para Deus.
4. O mau uso do tempo. Tempo é vida, pois vivemos no tempo. Ele é precioso, e se for perdido, jamais poderá ser recuperado. Vamos ter cuidado com a maneira como vivemos; sejamos sábios e não insensatos, aproveitando ao máximo cada oportunidade para compreender a vontade do Senhor, porque os dias que vivemos são maus (Ef 5.15-17). Costumamos contar e comemorar os nossos anos, mas precisamos orar para que Deus nos ensine a contar os nossos dias, para que assim, alcancemos sabedoria (Sl 90.12). Ninguém concordaria em perder uma hora de sua vida por dia, pois depois de algum tempo, já teria perdido muitos dias e morreriam bem mais cedo. Mas é o que fazemos constantemente, estamos perdendo o tempo com a ociosidade e futilidades e não conseguimos correr para bem.
5. A falta de prazer em Deus. É lamentável que estejamos nos deliciando com os prazeres transitórios desta vida, quando deveríamos estar nos deleitando em Deus e gozando de sua boa vontade em satisfazer desejos e propósitos santos em sua presença (Sl 37.4). Devemos pedir e buscar viver na presença de Deus todos os dias de nossa vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação (Sl 27.4). Qual de nós pode dizer de fato que prefere um dia na casa de Deus do que mil em outro lugar qualquer? (Sl 84.10). Se não amarmos a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento e de todas as nossas forças (Mc 12.30), não poderemos jamais fazer uma corrida pra valer. Vamos nos voltar para Deus e ele certamente se voltará para nós (Tg 4.8).
Portanto, livremo-nos de toda impureza moral e da maldade que prevalece, e aceitemos humildemente esta Palavra de Deus, pois ela é poderosa para nos salvar. Comecemos a nos exercitar nas disciplinas cristãs, rompendo com os prazeres deste mundo, rejeitando tudo o que é mal, aproveitando melhor o nosso tempo e vivendo acima de tudo para a glória de Deus (Tg 1.21; 1 Co 10.31).
II – A LUTA PELA CORRIDA
Nossa natureza pecaminosa faz de tudo para nos impedir de fazer a corrida de Deus. Ela impõe pesos de dificuldades várias para que desanimemos e desistamos de continuar na pista cristã. Urge que sejamos determinados em lutar contra tudo que queira nos impedir de avançarmos.
1. Lute ao extremo para fazer uma boa corrida. Devemos sempre lembrar que a nossa luta não é contra as pessoas, mas contra o pecado, o nosso pecado. Ele é o grande inimigo que precisamos vencer. Cabe lutar ao extremo para conseguir fazer uma boa corrida. Muitos têm derramado o próprio sangue para não abrirem mão do propósito de agradar ao Senhor (Hb 12.4). Precisamos nos amputar de fazer qualquer coisa que nos atrapalhe, deixar de ir a qualquer local que nos distraia, e deixar de olhar para aquilo que nos distrai de manter os olhos fixos no Autor e consumador de nossa fé – Jesus (Mc 9.43-48; Hb 12.2).
2. Purifique-se para ser um vaso de honra. Numa grande casa existem vasos de valor como ouro e prata, mas também existem os vasos mais simples como os de madeira e barro. Alguns desses vasos têm fins honrosos, e outros são usados para fins desonrosos. Se alguém se purificar do pecado, como palavras inúteis, heresias, desejos carnais e brigas, por exemplo, será usado por Deus como um vaso de honra, santificado e útil para o Senhor e estará preparado para toda boa obra (2 Tm 2.14-26). Se os vasos pensassem e pudessem fazer escolhas, certamente que nenhum gostaria de ser vaso de lixo, mas vasos de honra, bem lustrados e destacados na sala de visitas de uma grande mansão. Vamos nos empenhar por uma vida pura, pois assim procedendo, seremos instrumentos poderosos nas mãos de Deus.
3. Lute contra o egoísmo. Vivemos dias terríveis causados pelo próprio homem. Muitos males marcam nosso tempo, e um deles é o egoísmo. Preferimos bem mais a nossa vontade que vontade de Deus (2 Tm 3.1, 2, 4). Se alguém quer seguir a Jesus e correr bem a corrida cristã, deve negar-se a si mesmo, carregar cada dia a sua cruz e segui-lo (Lc 9.23). Quantos podem dizer de fato: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2.20). Jesus morreu e ressuscitou para que não vivamos mais para nós mesmos, mas para ele (2 Co 5.15). Nosso grande inimigo na corrida somos nós mesmos. Vamos lutar contra o egoísmo e fazer a vontade de Deus.
4. Aprenda a odiar o mal. No ponto anterior comentei que a cumplicidade com o mal nos impede na corrida cristã. Aqui, quero dar mais ênfase a isso dizendo que não apenas devemos evitar a complacência diante do mal, mas devemos odiar tudo o que é mal. Quanto mais tememos a Deus, mais odiamos o mal, que se manifesta no orgulho, na arrogância, no mau comportamento e no falar perverso (Pv 8.13), além de uma infinidade de outros modos. Hoje em dia o relativismo tem dominado todos os setores de nossa sociedade. Raramente alguém toma posição contra o erro, pois o erro agora depende da cosmovisão de cada um. Não podemos aderir a isso. Devemos chamar de mal o que Deus chama de mal e chamar de bem o que Deus chama bem. Há um preço por isso, mas essa é a nossa corrida.
5. Filtre tudo para Deus. Uma demonstração de maturidade cristã é saber discernir o que agrada a Deus. Ao invés de participar das obras infrutíferas das trevas, devemos é expor sua sujeira (Ef 5.10-11).
Somente quem tem o Espírito de Deus é que sabe o que agrada a Deus, pois elas são discernidas espiritualmente. Mesmo que ninguém nos entenda ou concorde com nossas posições, devemos escolher a vontade do Senhor. Isso nos é possível com certeza, pois temos a mente de Cristo (1 Co 2.14-16).
Introdução: Como um atleta que se prepara adequadamente para obter um bom desempenho numa corrida, devemos nos livrar de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, para podermos correr com perseverança a corrida que Deus determinou para nós (Hb 12.1).
1. A falta de um treinamento rigoroso. Para obter uma coroa de flores, os atletas antigos enfrentavam um treinamento rigoroso. Mas a nossa coroa é eterna, o que justifica termos alvos espirituais e não viver a vida cristã sem metas como quem fica esmurrando o ar (1 Co 9.24-27). Nenhum gênio descartou a persistência. Thomas Edison apareceu com a lâmpada incandescente depois de mil e duzentas experiências. Não experimentaremos santidade sem suor. Devemos nos exercitar na piedade. Nosso exercício deve ser na piedade, porque o exercício físico tem pouco proveito, mas o exercício espiritual é válido para tudo nesta vida e produzirá vantagens para nós na eternidade (1 Tm 4.7-8). A palavra “exercício” vem de gumnos, que significa “despido”. Desse termo vem a palavra ginásio. Os atletas competiam sem roupa para não terem embaraços. Se queremos correr bem a corrida cristã, precisamos suar e nos despir de todo impedimento e nos exercitarmos rigorosamente nas disciplinas cristãs.
2. A distração com as coisas desta vida. Muitos começam bem a vida cristã, mas com o tempo são impedidos de avançar porque deixam de obedecer à verdade da Palavra de Deus (Gl 5.7). “Quem se entrega aos prazeres passará necessidade”. Muitos são sufocados pelas preocupações, pelas riquezas e pelos prazeres desta vida (Pv 21.17; Lc 8.14). O grande deus de nossa sociedade é o “entretenimento”. As pessoas vivem em função dos prazeres deste mundo. Mas, se alguém amar este mundo, não pode amar a Deus, e se torna inimigo de Deus (1 Jo 2.15; Tg 4.4). Ao lado da pista de nossa corrida estão duas distrações que muitas vezes nos atrapalham de desenvolvermos melhor a nossa corrida, a televisão e a internet. Se não nos disciplinarmos devidamente, desanimamos na vida cristã.
3. A cumplicidade com o que é mal. Devemos odiar o mal e amar o bem (Am 5.15). Mas será que é isso que tem acontecido com aqueles que dizem amar a Jesus? Certamente que não. Estamos usufruindo daquilo que é mal e por isso não conseguimos correr devidamente a boa corrida cristã. Devemos nos afastar de toda forma de mal (1 Ts 5.22). Mas ao invés disso, estamos argumentando em favor de coisas contrárias à Palavra de Deus em nome da pós-modernidade. Deus não muda, o seu fundamento permanece seladamente inabalável com a inscrição de que, todo aquele que confessa ser de Jesus, deve afastar-se do mal (2 Tm 2.19). Sejamos determinados em não nos deixarmos corromper por este mundo, pois Deus nos deu suas grandiosas e preciosas promessas, para que por meio delas sejamos unidos com ele e fujamos da corrupção que há no mundo (Tg 1.27; 1 Pe 1.4). Rompamos com tudo o que é mal, se queremos correr bem para Deus.
4. O mau uso do tempo. Tempo é vida, pois vivemos no tempo. Ele é precioso, e se for perdido, jamais poderá ser recuperado. Vamos ter cuidado com a maneira como vivemos; sejamos sábios e não insensatos, aproveitando ao máximo cada oportunidade para compreender a vontade do Senhor, porque os dias que vivemos são maus (Ef 5.15-17). Costumamos contar e comemorar os nossos anos, mas precisamos orar para que Deus nos ensine a contar os nossos dias, para que assim, alcancemos sabedoria (Sl 90.12). Ninguém concordaria em perder uma hora de sua vida por dia, pois depois de algum tempo, já teria perdido muitos dias e morreriam bem mais cedo. Mas é o que fazemos constantemente, estamos perdendo o tempo com a ociosidade e futilidades e não conseguimos correr para bem.
5. A falta de prazer em Deus. É lamentável que estejamos nos deliciando com os prazeres transitórios desta vida, quando deveríamos estar nos deleitando em Deus e gozando de sua boa vontade em satisfazer desejos e propósitos santos em sua presença (Sl 37.4). Devemos pedir e buscar viver na presença de Deus todos os dias de nossa vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação (Sl 27.4). Qual de nós pode dizer de fato que prefere um dia na casa de Deus do que mil em outro lugar qualquer? (Sl 84.10). Se não amarmos a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento e de todas as nossas forças (Mc 12.30), não poderemos jamais fazer uma corrida pra valer. Vamos nos voltar para Deus e ele certamente se voltará para nós (Tg 4.8).
Portanto, livremo-nos de toda impureza moral e da maldade que prevalece, e aceitemos humildemente esta Palavra de Deus, pois ela é poderosa para nos salvar. Comecemos a nos exercitar nas disciplinas cristãs, rompendo com os prazeres deste mundo, rejeitando tudo o que é mal, aproveitando melhor o nosso tempo e vivendo acima de tudo para a glória de Deus (Tg 1.21; 1 Co 10.31).
II – A LUTA PELA CORRIDA
Nossa natureza pecaminosa faz de tudo para nos impedir de fazer a corrida de Deus. Ela impõe pesos de dificuldades várias para que desanimemos e desistamos de continuar na pista cristã. Urge que sejamos determinados em lutar contra tudo que queira nos impedir de avançarmos.
1. Lute ao extremo para fazer uma boa corrida. Devemos sempre lembrar que a nossa luta não é contra as pessoas, mas contra o pecado, o nosso pecado. Ele é o grande inimigo que precisamos vencer. Cabe lutar ao extremo para conseguir fazer uma boa corrida. Muitos têm derramado o próprio sangue para não abrirem mão do propósito de agradar ao Senhor (Hb 12.4). Precisamos nos amputar de fazer qualquer coisa que nos atrapalhe, deixar de ir a qualquer local que nos distraia, e deixar de olhar para aquilo que nos distrai de manter os olhos fixos no Autor e consumador de nossa fé – Jesus (Mc 9.43-48; Hb 12.2).
2. Purifique-se para ser um vaso de honra. Numa grande casa existem vasos de valor como ouro e prata, mas também existem os vasos mais simples como os de madeira e barro. Alguns desses vasos têm fins honrosos, e outros são usados para fins desonrosos. Se alguém se purificar do pecado, como palavras inúteis, heresias, desejos carnais e brigas, por exemplo, será usado por Deus como um vaso de honra, santificado e útil para o Senhor e estará preparado para toda boa obra (2 Tm 2.14-26). Se os vasos pensassem e pudessem fazer escolhas, certamente que nenhum gostaria de ser vaso de lixo, mas vasos de honra, bem lustrados e destacados na sala de visitas de uma grande mansão. Vamos nos empenhar por uma vida pura, pois assim procedendo, seremos instrumentos poderosos nas mãos de Deus.
3. Lute contra o egoísmo. Vivemos dias terríveis causados pelo próprio homem. Muitos males marcam nosso tempo, e um deles é o egoísmo. Preferimos bem mais a nossa vontade que vontade de Deus (2 Tm 3.1, 2, 4). Se alguém quer seguir a Jesus e correr bem a corrida cristã, deve negar-se a si mesmo, carregar cada dia a sua cruz e segui-lo (Lc 9.23). Quantos podem dizer de fato: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2.20). Jesus morreu e ressuscitou para que não vivamos mais para nós mesmos, mas para ele (2 Co 5.15). Nosso grande inimigo na corrida somos nós mesmos. Vamos lutar contra o egoísmo e fazer a vontade de Deus.
4. Aprenda a odiar o mal. No ponto anterior comentei que a cumplicidade com o mal nos impede na corrida cristã. Aqui, quero dar mais ênfase a isso dizendo que não apenas devemos evitar a complacência diante do mal, mas devemos odiar tudo o que é mal. Quanto mais tememos a Deus, mais odiamos o mal, que se manifesta no orgulho, na arrogância, no mau comportamento e no falar perverso (Pv 8.13), além de uma infinidade de outros modos. Hoje em dia o relativismo tem dominado todos os setores de nossa sociedade. Raramente alguém toma posição contra o erro, pois o erro agora depende da cosmovisão de cada um. Não podemos aderir a isso. Devemos chamar de mal o que Deus chama de mal e chamar de bem o que Deus chama bem. Há um preço por isso, mas essa é a nossa corrida.
5. Filtre tudo para Deus. Uma demonstração de maturidade cristã é saber discernir o que agrada a Deus. Ao invés de participar das obras infrutíferas das trevas, devemos é expor sua sujeira (Ef 5.10-11).
Somente quem tem o Espírito de Deus é que sabe o que agrada a Deus, pois elas são discernidas espiritualmente. Mesmo que ninguém nos entenda ou concorde com nossas posições, devemos escolher a vontade do Senhor. Isso nos é possível com certeza, pois temos a mente de Cristo (1 Co 2.14-16).
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