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Crescimento e multiplicação

“Deus abençoou Noé e seus filhos, dizendo-lhes: Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra” (Gn 9.1).

Tudo que tem vida cresce. Nós nascemos para crescer. Quando Deus criou o homem e a mulher ele disse: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra” (Gn 1.28).

Crescemos fisicamente por alguns anos e paramos de crescer. Isso é normal. Se alguém não parar de crescer fisicamente é sinal de anormalidade e essa pessoa não tem vida saudável. Há pouco tempo vi uma reportagem sobre um jovem nordestino que tem uma doença provocada por um tumor na cabeça que causa crescimento exagerado. Ele está sendo tratado, pois tem sofrido devido a esse crescimento.

Quando paramos de crescer, começamos a reproduzir, gerando outras vidas. Esse é o processo estabelecido por Deus. Dessa forma a vida se mantém saudável e preservada sem que achemos que o fato de parar de crescer fisicamente é sinal de que a vida esteja no fim. Pelo contrário, ela está entrando noutra fase, a fase da multiplicação, pois nos tornamos pais e mães.

Como igreja, precisamos crescer, reproduzir e multiplicar. É mais ou menos como na vida biológica. Mesmo as pessoas estéreis já experimentaram a graça de poderem gerar, pois essa é a vontade de Deus. A Bíblia fala de mulheres estéreis que geraram os homens mais ilustres da Bíblia: Sara que foi estéril até 90 anos, gerou Isaque. Raquel, gerou José. A esposa de Manoá gerou Sansão. Ana gerou Samuel. Rute gerou Obede, que gerou Jessé, que foi o pai de Davi. Isabel gerou João Batista. Isso serve para dizer que mesmo aqueles crentes que têm tido uma vida espiritual estéril, podem começar a gerar novos crentes pela graça e poder de Deus. Uma condição para isso é querer ganhar novas pessoas para Cristo. Quando Raquel viu que não podia ter filhos, disse para seu esposo Jacó: “Dê-me filhos ou morrerei” (Gn 30.1). Paulo disse para os crentes da Galácia: “... estou sofrendo dores de parto por sua causa, até que Cristo seja formado em vocês” (Gl 4.19). Temos tido esse tipo de sentimento de Raquel e Paulo em relação a fertilidade espiritual? Onde estão os nossos filhos espirituais?

A família de Noé foi a única sobrevivente ao dilúvio (Gn 6-8). Depois disso, Deus se dirige a Noé e lhe diz palavras estimulantes e desafiadoras. Deus estava falando de um recomeço. A humanidade precedente fora destruída nas águas, uma nova geração começaria com Noé. Deus abençoa e manda encher a terra.

Creio que Deus está falando isso para a igreja hoje. A sua bênção está sobre nós. Ele nos fez férteis. Ele nos deu o Espírito Santo. Ele é a “semente de Deus”, literalmente, o esperma gerador de vida, que nos afasta do pecado (1 Jo 3.9).

Voltando a comparação inicial, a igreja precisa crescer para que possa ter condições de se multiplicar. Não se pode gerar sem crescimento e sem maturidade. Acredito que ainda estamos na fase de crescimento e esse processo precisa ser acelerado, sob pena de darmos lugar a esterilidade. Se crescermos saudáveis como igreja, a multiplicação se dará com naturalidade.

Vamos, como nunca antes, nos dispor para a evangelização pessoal, de massas e de saturação. A Bíblia diz: “...Como são belos os pés dos que anunciam boas novas!” (Rm 10.15). Deus quer começar de novo. Vamos com ele! Ele vai com a gente: “... eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28.20).

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